Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, setembro 02, 2011

Ao compasso do tempo…

ALBERTO JOÃO JARDIM,

CAUDILHO DO FUNCHAL,

QUERE A INDEPENDÊNCIA DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA.

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim, tal e qual na plena identificação do ser, nado, criado e alentado na urbe funchalense, com passagem e estadia, num tempo de descuidada juventude dilatado por dez anos de traquinices, na cidade de Coimbra, onde cursou Direito, na actualidade mantendo-se totalmente alaranjado, também sendo afamado participante e mascarado bailarino nos cortejos carnavalescos das avenidas da capital madeirense, mas – sobretudo e sobre todos - festejado caudilho das populações autóctones das ilhas da Madeira e de Porto Santo, outrossim distinto administrador honorário e sagaz entidade tutelar das Reservas Naturais das ilhas Desertas e Selvagens, que, genericamente, identificamos como Caudilho do Funchal (a linda capital da famosa ilha, valiosa pérola do Atlântico), há muitos anos que cavalga um sonho: ser o “criador” da independência da Madeira. O fundador da nacionalidade madeirense. O primeiro presidente da República da Madeira (ou o primicério detentor do trono madeirense, ostentando o pomposo título de Sua Majestade D. Jardim I, Rei da Madeira?). Ao contemplarmos esta hipótese de ascensão do irascível Jardim à dignidade majestática, importa sublinhar que não devemos olvidar as tendências monárquicas um pouco latentes no meio funchalense e bem configuradas na sua cercania marítima, onde existe o Real Principado Ilhéu da Pontinha, mantido sob reinado do Príncipe D. Renato I; o qual, monárquico e independente território, é devidamente apetrechado com o indispensável instrumento de defesa costeira: o vetusto Forte de São José, simbólico e supremo garante de integridade territorial e da plena soberania exercida sobre ele por Sua Alteza D. Renato I Principado que, por irónico acaso, está ali postado mesmo nas escanhoadas barbas do autoritário caudilho funchalense. Um território principesco que no p.f. dia 3 de Outubro comemora o 108.º aniversário da data da respectiva alienação feita por carta régia de D. Carlos I, Rei de Portugal.

Retomando o tema Alberto João Jardim, façamos uma advertência: haja a percepção de que, por maiores que sejam os disfarces e os subterfúgios a que recorra a jardinal criatura, aquela sua propensão para os altos voos urdidos pela sua fértil imaginação e descontrolada obsessão de ser o maior obreiro da independência do arquipélago madeirense, é a marca indelével que pretende deixar para a posterioridade.

Os primeiros indícios desse sonho surgiram no decorrer dos agitados tempos (anos 1974 e 1975), do PREC em Portugal. A FLAMA era um movimento que prosseguia o objectivo último (independência do arquipélago madeirense) da incipiente actividade política do jovem Alberto João Jardim; que a ele se associou com alguma discrição e oportunismo.

À época, os acontecimentos no continente evoluíram no sentido da consolidação do regime democrático, o que pouco tempo depois esvaziou o fervor na acção, o pretexto no objectivo e o básico conteúdo ideológico dos activistas da FLAMA.

Então, Alberto João Jardim fez uma deriva no rumo que traçara e, com denodo, persistência e apurado sentido de oportunidade, aproveitou as circunstâncias locais e nacionais para se lançar na carreira política e na governação regional de forma a consolidar o seu poder e a sua influência em todos os sectores vitais da sociedade madeirense.

Assim, criava o primário lastro do seu corrosivo discurso contra o intitulado “colonialismo” português representado pelo governo central de Lisboa; este, qual alma danada opressiva e bloqueadora do desenvolvimento da Madeira.

Desde então e com a passagem dos anos, o ascendente (ou o carisma) de Alberto João Jardim foi-se acentuando e o seu discurso cada vez mais se tornou agressivo, radical, controverso, disforme e incongruente; a tal ponto oscilante que sugere a imagem de um cata-vento fixado em torre de igreja serrana. Ora faz profissões de fé no portuguesismo seu e das gentes madeirenses; ora agita o papão de uma autonomia sempre crescente que, inevitavelmente, por efeito da lei de inércia, evoluirá até atingir o “ponto de rebuçado” que lhe é caríssimo: a independência.

E o famigerado papão vem à tona sempre que ele, caudilho Jardim, depara com dificuldades nos relacionamentos com o governo central de Lisboa. Ainda há dias o governante da região autónoma madeirense ameaçou com a independência se o governo central, chefiado por Passos Coelho, não permitir a manutenção da zona franca da Madeira e não ajudar no resgate da enorme dívida (medonho buraco orçamental) do governo regional.

Perante este quadro de dúbios expedientes e deploráveis chantagens de Alberto João Jardim e dos seus homens de mão, muitos políticos e governantes nacionais, meios de comunicação social: jornais, rádios e televisões, presidentes da República e muitos irresponsáveis portugueses, se têm cobardemente sujeitado às maiores humilhações. Assim por demais evidenciando a enorme desfaçatez prevalecente, o descalabro moral da nação e a renúncia ética a que todos de forma abominável se submetem, fazendo de conta que não percebem as ofensas e quais são os verdadeiros intuitos do caudilho do Funchal.

Tais comportamentos - de subserviência, de abandono e de acomodação, tidos por tantos medíocres políticos, incompetentes ou negligentes governantes e indiferenciados responsáveis de sectores vários da comunidade nacional, face aos desmandos do irrequieto e desbocado chefe regional - relevam da maior hipocrisia que subsiste a todos os níveis na sociedade portuguesa. Isto precisa de ser dito e escrito com todas as letras. Sem tibieza. Em simultâneo com a impositiva repulsa. E com a imprescindível condenação.

Há que lançar um grito de alerta e de revolta: Vamos pôr decência na nossa casa nacional.

No caso vertente e em primeiro lugar, se os madeirenses, no seu pleno direito de decidirem do seu destino, querem a independência que façam a respectiva opção através de referendo, que lhes deve ser circunscrito, com natural exclusão do povo continental.

Depois e relativamente ao caudilho do Funchal, Alberto João Jardim, se ele quer a independência do Arquipélago da Madeira, se tem a potência in situ, se desfruta do apoio da população e se possui força para consegui-la, pois então: Não perca tempo! Nem se consuma ingloriamente! Tome-a à sua conta, de vez! Agora mesmo!

Que lhe faça bom proveito: à barriga e ao peito!...

Não se verificando estes pressupostos, então o caudilho do Funchal meta a viola no sacoRemetido à sua inconsequência Definitivamente!

Porque, para nós, já falta a paciência. Chega de brincadeiras de mau gosto, de folclores patéticos e de insuportáveis chateações!