BRASILINO VERSUS MARCELO…

16/10/2022

 

Ao longo dos meus 91 anos de existência de ser humano, que se completam este mês, aconteceram-me coisas do arco-da-velha. Entre elas e reflexo do interesse pelo mundo em que estava inserido, dou conta de ter sido comprador durante anos e desde o primeiro número do semanário Expresso. Foi através dele que me habituei a ler a crónica GENTE, de fofocas da “Linha”, editada por Marcelo Rebelo de Sousa. A partir daí e por ele ser filho de Baltasar Rebelo de Sousa, braço direito de Marcelo Caetano quando este foi Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa, fui-lhe seguindo o percurso académico, o trajecto ziguezagueante político, os tempos de antena televisiva e a vigente quadra de desempenho das altas funções de presidente da República.

Entrementes, 2004, ocorreu a censura que dispensou à minha obra A QUINTA LUSITANA que me levou a contestá-lo vigorosamente e que lhe suscitou a reacção de dois telefonemas de madrugada para o meu telemóvel em que se tentou defender, ingloriamente, da acusação de censura que praticara em emissão da TV.

Daí que serei pessoa com amplo conhecimento sobre as actividades marcelinas e que mais o tenha criticado ao compasso do tempo; embora, por vezes, também elogiando alguns seus procedimentos.

Isto exposto para acrescentar que assim conhecendo a pessoa Marcelo Rebelo de Sousa tenha sido seu objector público a quando das apresentações das candidaturas para as eleições presidenciais, a que concorreu com largas margens de apoiantes.

Em conformidade e por coerência, nunca votei em Marcelo Rebelo de Sousa. Exactamente, por estar motivado pela avaliação que fazia – e continuo fazendo – da sua personalidade: algo dúbia e um tanto maquiavélica, populista e incoerente.

As actuações do presidente Marcelo Rebelo de Sousa demonstram que Brasilino Godinho tem razão no juízo que vem formulando em crónicas, acerca da esquisita personalidade presidencial.