Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, maio 17, 2021

 

BRASILINO GODINHO, ESCRITOR,

NA MONTRA DA PRAÇA PÚBLICA

ME EXPONHO E ME CONFESSO

 

17 de Maio, de 2021

 

Há muitas décadas que exerço a actividade da escrita. Através dela venho estabelecendo contactos com os meus leitores dispersos pelas várias parcelas do território nacional e por diversos países (…) que ainda não se transferiram para Marte; embora alguns, às vezes, pareçam que andam circulando na Lua.

 

Nos últimos anos encetei a prática de facultar informações sobre a minha vida e as características mais em evidência da minha maneira de ser e de estar em sociedade. Tenho entendido esse envolvimento pessoal com os meus amigos e leitores, como a forma mais adequada e acessível de corresponder às atenções que têm tido para comigo e ao interesse e persistência com que, ao compasso do tempo, lêem as minhas produções literárias: crónicas e livros.

Não obstante, na actualidade e na consumação do propósito enunciado de proporcionar abrangente e detalhado relacionamento com os leitores, falha informação relativamente aos meus desempenhos como escritor.

Por isso, julgo que é chegada a altura de preencher essa lacuna.

 

Agora e aqui, na presente peça escrita, e a modos de pessoal memória descritiva focada na faceta de escritor do signatário, Brasilino Godinho; inicio a grata tarefa de fornecer dados atinentes a tal condição intelectual da criatura brasiliana em que me revejo a todos os momentos de vida pessoal.

 

De imediato, reporto-me aos anos de criança, 1938 e 1939 em que na Escola Primária da Várzea Grande, na cidade de Tomar, iniciava a aprendizagem da leitura e escrita da língua pátria. Em crescendo de prática e apetência pelo saber se desenrolou a actividade escolar do menino Brasilino até atingir o termo da Quarta Classe do Ensino Primário; ele concretizado com a realização do respectivo exame, que há sido merecedor da classificação de Distinto.

 

Seguiram-se a inscrição na Escola Industrial e Comercial Jácome Ratton, de Tomar e as frequências das disciplinas do Curso Industrial de Serralharia Mecânica.

É no decurso dos cinco anos de escolaridade de um curso não correspondente à natural tendência do aluno Brasilino para as letras que ele, na condição de adolescente e assumindo-se decididamente autodidacta, dá começo a contínua prática de aliciantes leituras das obras literárias mais relevantes das literaturas portuguesa, brasileira, francesa, espanhola; ela associada ao estudo da Filosofia.

 

Além de que a juvenil criatura brasiliana consegue, em paralelo e atentamente, todos os dias, ler os jornais nacionais e revistas, por forma a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos nacionais e internacionais – o que, com a intelectual bagagem entretanto adquirida, lhe permitia sustentar, sem embaraço, qualquer debate com os adultos versando as diversas situações que se iam gerando em Portugal, na Europa e no Mundo.

 

Não que isso correspondesse a deliberado propósito e absurda jactância. Simplesmente, decorria naturalmente, quando surgiam ocasionais encontros ou se deparavam circunstâncias propícias a discussões.

 

Claro que com tal abrangente enquadramento de interesses e de algum volume de conhecimentos, se me foi despertada a inclinação para a escrita.

Com vinte anos de idade, no dia 20 de Agosto de 1952, escrevi a minha primeira crónica (de viagem), que foi publicada no semanário “CIDADE DE TOMAR: uma reportagem sobre o 9.ª Acampamento Nacional do Corpo Nacional de Escutas, realizado na Mata do Choupal, em Coimbra.

Tal escrita, de reportagem jornalística, teve precedência na criação de um jornal de parede em sede escutista, uns escassos anos antes da data mencionada de 1952.

 

Reportando-me à elaboração da minha primeira peça, inserida no periódico tomarense, assinalo que nela germinou e se radicou uma preocupação que persiste até ao momento da elaboração da presente crónica e que mantenho implícita em todos os escritos da minha autoria.

Tal preocupação tem expressiva correspondência no extremo afinco de imprimir a qualquer meu texto a qualidade de peça literária. Outrossim, no grande cuidado tido com sucessivas revisões dos escritos antes de os publicar ou de endereçá-los aos membros da minha numerosa lista de contactos.

 

Relativamente, às revisões afirmo que a respectiva tarefa nunca me satisfaz por decorrência de conviver a todos os instantes com muito incómoda dislexia.

Quanto à avaliação da valia literária das obras e dos textos avulsos, deixo-a submetida aos critérios dos leitores.

 

Há bastantes anos que escrevo crónicas que são publicadas em jornais regionais, nas páginas do Google, Facebook e no meu blogue: http://quintalusitana.blogspot.com . Durante alguns anos mantive colaboração de textos de opinião, nas edições de terça-feira do Diário de Aveiro.

 

Geralmente, na minha actividade de escritor, quando nas obras ou crónicas, se abrange matérias que, objectivamente, implicam interesse na formulação de críticas, não hesito em a concretizar sob o entendimento de estar cumprindo uma obrigação cívica. Qual tarefa (de formulação) em que sou rigoroso a concebê-la e a expressá-la em letra de forma.

Permito-me enfatizar que, de facto, sou rigoroso e, às vezes, mesmo muito rigoroso nas avaliações que faço e (ou) nas críticas de diversas naturezas que formulo a entidades várias. Todavia, ponto de honra sempre aflorado: sem ofender ou injuriar as pessoas. Distingo os comportamentos que responsabilizam e despertam juízos condenatórios; os quais, dissociados quanto isso for possível, das identidades pessoais.

Tenho autoridade moral para o fazer; pois que elas (as críticas às entidades) são precedidas da muito rigorosa autocrítica que, persistentemente, exerço sobre mim mesmo.

Orgulho-me de, com 90 anos de idade, por palavras ditas ou escritas nos milhares de textos de que sou autor, jamais ter insultado ou difamado alguém.

Para terminar só uma anotação: No meu livro A QUINTA LUSITANA (480 páginas) são feitas veementes críticas a diversas entidades. Uma das altas individualidades do Estado visadas (já falecida), por sinal, no referido livro muito criticada, teve a gentileza de me enviar uma mensagem em que escrevia: “ser criticado como eu sou no seu livro, é quase agradável.”

Acrescento que antes do livro ser lançado e posto nas bancas, fiz uma coisa nunca vista em Portugal: ter tido o cuidado de - através de mensagens escritas, de telefonemas e de anúncios publicados (e pagos com os meus parcos dinheiros) nalguns jornais nacionais de Lisboa e regional de Aveiro - prevenir as individualidades de que elas eram criticadas na minha obra. Para não serem apanhadas de surpresa ou supor-se que estava procedendo à-sorrelfa ou de má-fé.

 

Brasilino Godinho tem publicadas as seguintes obras:

ANTERO DE QUENTAL: UM PATRIOTISMO PROSPECTIVO NO PORVIR DE PORTUGAL - Ensaio sociocultural.

VIDA UNIVERSITÁRIA DE BRASILINO GODINHO - Autobiografia.

OS MÁGICOS SAPATINHOS DO JOÃOZINHO - Conto de Natal.

DONA GRAMÁTICA - Opúsculo satírico.

UM DIA DESCI À CIDADE… - Poesia intimista.

A QUINTA LUSITANA - Ensaio sociocultural e político.

O PRESIDENTE - Poesia satírica.

 

No prelo: APONTAMENTOS BRASILIANOS, Vols: I e II - Crónicas de temas diversificados.

 

Brasilino Godinho

Associado 14 493, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

Membro 1 471, da Associação Portuguesa de Escritores (APE).