UM TEXTO SEM TABUS…
Brasilino Godinho
15/Fevereiro/2021
AS ELEIÇÕES NA CATALUNHA
A Espanha dispõe de um Estado formatado em Monarquia. Mas não existe uma nação espanhola. Pela razão de que é um artificioso conglomerado de nações que remonta aos tempos dos Reis Católicos, Isabel II e Fernando II, que, reunindo os seus respectivos reinos de Castela e de Aragão, deram azo a que concebessem e formalizassem com assinaláveis dificuldades de afirmação e consolidação o Estado de Espanha; um desiderato que consumado não pacificamente, tem sido mais ou menos contestado ao longo dos tempos.
Na actualidade, mantém-se latente o espírito independentista na Catalunha, no País Vasco, na Galiza e no antigo Principado das Astúrias. Na Catalunha é mais fervoroso o ardor e o anseio pela Independência.
Isso mesmo ficou evidenciado nas eleições efectuadas ontem, em que a nação catalã exprimiu maioritariamente que deseja a sua independência e libertar-se do domínio da monarquia ora de expressão filipina.
Saúdo a Catalunha e formulo votos de que brevemente consiga obter a plena soberania do seu ocupado território.
Na Europa, outra nação prossegue determinação de se libertar das amarras e tutela do Reino de Sua Majestade Britânica: a Escócia.
Em pleno século XXI é inadmissível que existam nações - detentoras de notáveis pergaminhos históricos, culturais e linguísticos - subjugadas e lutando tenazmente pelas suas cartas e condições de alforria e que lhes seja negada a autodeterminação a que têm inegável direito.
A Comissão Europeia e o Parlamento Europeu, se não estivessem enfeudados a certos interesses e entidades supranacionais, deveriam apoiar a Catalunha e a Escócia e não bloqueando as causas redentoras destas duas nações. O mesmo se poderá dizer quanto ao papel decisivo que a ONU deveria assumir no sentido de facultar instrumentos apropriados à consumação do êxito das lutas das duas nações europeias: Catalunha e Escócia.
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