Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, fevereiro 13, 2021

 

UM TEXTO SEM TABUS…

Brasilino Godinho

13/Fevereiro/2021

 

 

PARTIDOCRACIA PORTUGUESA

DITADURA EM PROGRESSÃO E

“DEMOCRACIA” INORGÂNICA

SUCESSORA DA “DEMOCRACIA

ORGÂNICA" DO ESTADO NOVO

 

Parte I. “A DEMOCRACIA ORGÂNICA”

criada pelo ditador António Oliveira Salazar

 

01. O ditador António de Oliveira Salazar, classificou o seu corporativo Estado Novo, caracterizadamente de índole e instrumental configuração fascista, de “Democracia Orgânica”.

 

02. O Poder, na prática, concentrava-se na sua pessoa. Mas, formalmente, o Estado englobava o poder executivo (Governo), o poder legislativo (Assembleia Nacional) e o poder judicial concentrado nos vários tribunais. Também funcionando como órgão consultivo funcionava a Câmara Corporativa.

 

03. O regime dispunha de vários órgãos, instrumentos e serviços que actuavam em sectores importantes da administração pública e da sociedade, dando prossecução às políticas e orientações de Salazar e do governo.

 

04. Entre esses instrumentos executivos destacavam-se a União Nacional (partido único) os serviços de censura, a polícia de repressão política (PIDE) e o Secretariado Nacional da Informação (SNI).

 

05. Então, vivia-se num clima de suspeição, de repressão e de terror, associado a aqueloutro de pobreza de grande parte da população.

 

06. Havia tráfico de influências, alguma corrupção e o recrutamento dos servidores dos escalões superiores do Estado e das autarquias era, geralmente, feito nos quadros da União Nacional (Partido único).

 

07. A sociedade estava escalonada em dois polos opostos: o da situação e o do reviralho (oposição, identificada como comunista, pela classe dominante (salazarista).

 

08. De certo modo, se pode considerar que no decurso de vigência do Estado Novo se reviveu a trilogia de séculos atrás: a nobreza (os altos próceres do regime); o clero (aliado persistente que sob a égide do cardeal Gonçalves Cerejeira, colaborava com o regime e dele recebia apoios de diferentes naturezas; o povo (submisso, resignado, suportando a opressão psicológica e física das entidades oficiais conectadas com as políticas de Oliveira Salazar).

 

09. De 1926 a 1974 em Portugal predominou a prática da práxis configurada na máxima inscrita em pequenos quadros pendurados nalgumas repartições com o seguinte texto: MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM DEVE!

 

Tal máxima traduzia-se naqueloutra de que se prevalecia Oliveira Salazar: QUERO” POSSO! E MANDO! Outrossim, reflexa da circunstância de ter na Assembleia Nacional a maioria absoluta.

 

10. E nas campesinas, públicas, instruções militarizadas dos alistados na LEGIÃO PORTUGUESA, ouvia-se o grito de guerra: QUEM VIVE? PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL!

QUEM MANDA? SALAZAR! SALAZAR! SALAZAR!

 

11. Os filiados da MOCIDADE PORTUGUESA nas paradas oficiais usavam farda própria; a qual, nos cinto dos calções e das calças, tinha sobre a fivela, acoplada, a letra metálica S.

Por citar paradas, menciono que nestas e nas outras aglomerações das hostes salazaristas, os manifestantes levantavam e estendiam os braços formalizando a saudação fascista, a que recorriam todos quantos militantes fascistas de Portugal, Itália, Espanha, Roménia, Brasil e os nazis do III Reich (Alemanha), respectivamente submetidos a regimes ditatoriais de: Oliveira Salazar, Benito Mussolini, Francisco Franco, Ion Antonescu, Getúlio Vargas, Adolf Hitler.  

 

12. Estas eram algumas das exteriorizações do culto da personalidade de Salazar, exaustivamente prosseguido em Portugal.

 

13. Enquanto o povo se contemplava num quadro de pobreza e de medo/terror sempre angustiado face à possibilidade de cada qual ser denunciado como comunista, por mais simples, ligeira, insignificante ou brejeira, que fosse a observação crítica ao regime ou a Oliveira Salazar. Inúmeros cidadãos penaram, foram torturados e pagaram com a vida a ousadia de expressaram oposição à ditadura salazarista.

 

(Continua na Parte II, na qual se fará a correlação sequencial, item a item, com a Democracia Inorgânica/Partidocracia vigente – Sugiro que o leitor conserve o texto da Parte I, para mais facilmente apreender os termos da correlação que será estabelecida na Parte II).