Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, dezembro 01, 2020

 

NESTE DIA

Há 1 ano

Brasilino Godinho

1 de Dezembro de 2019  ·

 

BRAVO, PRESIDENTE!

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEVE DÓ!...

 

Ontem, a coisa parecia bem preparada e melhor encaminhada para ter desfecho agradável no palco do teatro congressional do municipalismo português, localizado algures no espaço citadino de Vila Real.

E loisa real e fundamentada em perceptível certeza, parecia ser a satisfação de quantos, convertidos em apóstolos da Regionalização, aguardavam a intervenção do presidente do Congresso, Dr. Manuel Machado, autarca supremo de Coimbra, anunciadora da entronização da sua amada dama, conhecida pela designação de Regionalização Portuguesa.

Eles julgavam que depois de todos aqueles variegados trabalhos e esforços publicitários dos supostos encantos da dama predilecta do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, que há semanas vinham desenvolvendo nos bastidores do teatro-circo político, seriam coroados com o festivo entusiasmo a promover na pacata cidade transmontana.

Nos sombrios e enregelados fundos do espaço cenográfico onde assentava a realização do congresso, já estavam alinhadas as trombetas que iriam ribombar através das terras montanhosas de Douro e Trás-os-Montes.

Entretanto, os trombeteiros nomeados, aguardavam impacientes, que desta vez fosse dada a machadada final na porta que se obstinava contrapor à entrada dos gananciosos invasores regionalistas.

Aqui, entre nós e para que não se julgue que estamos a esconder cisco sob a manga do casaco, devemos anotar que, por sinal, de mau agoiro, a tal criatura Regionalização Portuguesa (sem nada ter de genuinamente português) apresenta-se mal cheirosa, descolorida, macilenta, e pouco guarnecida de atributos emblemáticos e sumptuosos e, sobremodo, nela falha beleza deslumbrante de arregalar o olho a quem dela se abeirasse, simplesmente movido por gosto estético sentido na vulgar contemplação visual.

Eis senão quando no recinto do congresso surge inopinadamente o Presidente da República, ali representando os repúblicos que somos na figuração de raia miúda e não investido no detestável papel de parceiro qualificado do grupo dos poderosos de Portugal.

Logo, Sua Excelência, botou discurso. E que discurso! Zurziu forte e feio na desacreditada criatura Regionalização, travestida de Portuguesa, De-repente, a programada festança foi um ar que lhe deu.

Em contraposição, foi gratificante verificar o bonito remate com que foram encerradas as actividades dos congressistas e as fisionomias contrafeitas dos artistas que tiveram que meter a viola no saco.

Pormenor importante: o machado, talvez por qualquer efeito mágico, nem chegou a esboçar gesto de arremesso mais ou menos violento contra a porta que, a bem da nação se mantem fortalecida na sua forte composição estrutural.

Pela nossa parte, desejamos que a Regionalização Portuguesa vá dar uma volta ao bilhar grande e que continue a entreter, de jeito folclórico, embora bastante indigesto, os presidentes associados ao supremo autarca conimbricense – o que, preferencialmente, deve acontecer nos momentos de ócio de suas excelências; e sem oportunidades de utilização do ofensivo e perigoso machado…