454. Apontamento
Brasilino Godinho
02/7/2020
A TODOS OS TÍTULOS REPUGNANTE
E
GRAVE ATENTADO DE LESA-PÁTRIA
Ainda bem que ontem me poupei a momentos de
desolação e revolta ao não ver na Televisão o abominável espectáculo de mau
gosto, de perversa subserviência à monarquia espanhola e de irresponsável reabertura
de fronteiras que limitam os países Portugal e Espanha.
Mais acentuo que se tratou da representação de uma
farsa indecente, irresponsável, de notória renegação identitária de Portugal.
Sintetizando: um indesmentível atentado de Lesa-Pátria. E um programado
achincalhamento de Portugal face à monarquia de Filipe VI, de Espanha; quiçá
sonhando vir a ser Filipe IV, de Portugal.
Os portugueses, por natural condição de nativos de
um país digno, terão de se compenetrarem de que sempre que um governante em
cerimónia oficial, realizada em Portugal, discurse em língua estrangeira está a
cometer gravíssima ofensa à Pátria.
Gravíssima falta, de todo, inadmissível a
detentores do Poder; a qual, deveria ser objecto de penalização prevista no
Código de Processo Penal.
Ontem, mais uma vez, um alto dignitário do Estado, o
chefe do governo, desprezou a língua portuguesa, ao discursar em Espanhol, no
decurso do incrível franquear de fronteiras entre os dois países ibéricos.
Em contraste e com elevado sentido de Estado, o
chefe do governo de Espanha falou na sua língua (espanhol). Se este governante
da nação vizinha tivesse falado em português poderia admitir-se que estavam
procedendo por mútua cortesia. Mas tendo António Costa
“hablado” evidenciou uma inadmissível subserviência
e gratuita bajulação face à monarquia espanhola. Uma vergonha nacional!
Escrevi incrível franquear de fronteiras. De facto
incrível, absurdo e irresponsável – insisto!
Pois que a pandemia em Portugal e Espanha continua
prevalecendo sem se manifestarem indícios de abrandamento tranquilizador. Pelo
contrário, cresce a inquietação sobre o que virá a acontecer nos próximos meses
de verão e outono. A OMS já deu o alarme: “O pior ainda está para vir”.
Enquanto este “panorama” inquietante, ontem, António Costa disse que as
fronteiras iriam ficar abertas para sempre. Tão patética afirmação que me
dispenso de comentá-la…
Também incrível o inevitável registo: A Espanha tem
fronteiras com a França e com o Reino Unido (Gibraltar). Porém, com esses países não houve as
esquisitas celebrações de reaberturas de fronteiras.
Finalmente, reitero que o governo de Portugal devia
manter as maiores reservas quanto a celebrações oficiais e oficiosas com o
governo da Monarquia de Espanha, enquanto ela não restituir a Portugal a
soberania sobre Olivença e a que está obrigada pelo tratado de Viena, de 1815.
Atente-se que não colhe a objecção de que a maioria
da população se oporia – o que nem seria surpresa. Pois se a Espanha desde o
século XIX procedeu a intensa colonização e fixação de milhares de espanhóis no
território oliventino - principalmente durante a vigência do regime ditatorial do
general Francisco Franco.
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