Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, junho 06, 2020


437. Apontamento
Brasilino Godinho
06/Junho/2020

O MAU TRATO QUE É DADO
À LÍNGUA PORTUGUESA

A forma como é tratada a Língua Portuguesa no país que lhe serviu de berço é decepcionante e mesmo tem figuração de ser uma aberração da lusa natureza naturada, considerada nos seus modos finitos; a qual, anormalidade, teve artificial origem e enraizamento no desprezo a que tem sido votada pelos governantes de Portugal e no irregular processo de aprendizagem que é seguido nos ensinos básico e secundário, associado a uma prejudicial desconformidade institucional no ensino superior.

Um estado de má conformação linguística deveras preocupante. Pois que a Portugal cabem grandes responsabilidades de preservar a língua, conferir-lhe dignidade, assegurar-lhe prestígio, fomentar a sua divulgação universal e tudo fazer para garantir a constância da sua prática de oralidade e escrita em todos os países que a têm como idioma oficial: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe,  Timor Lorosae e Guiné Equatorial.

Em Portugal, desgraça das maiores possíveis ou imaginárias, estamos confrontados com uma situação de calamidade linguística, também agravada pelo absurdo, execrável, Acordo Ortográfico de 1990 e pela nefasta prática oral e formulação escrita das emissões televisivas onde se nota a falta de directores das régies que saibam fazer bom uso da Língua Portuguesa; visto que os disparates linguísticos passam incessantemente em roda-pé no monitor e na régie não há uma alma caridosa que lhes ponha imediato fim.

Os jovens chegam à Universidade em estado de confrangedora carência de PORTUGUÊS: falam mal e escrevem pior, cometem erros ortográficos de palmatória e não conseguem interpretar textos que lêem e aperceber sentido lógico ou correcto a muito do que ouvem dos professores e a expressões da linguagem corrente de pessoas que dominam o idioma.  

E se frequentam as Ciências não é na Faculdade respectiva que aprenderão a língua. E os resultados advindos dessa falha são uma lástima. Repare-se na fala e na escrita de ministros. Relativamente ao presidente da República perdi a conta das vezes que, nas minhas crónicas, lhe recomendei que dissesse "última hora" e não "última da hora". Boa vontade escusada. Tempo perdido!

Nos Ensinos Primário e Secundário o Português é basicamente administrado. Mais se valoriza o Inglês e o Mandarim.
Talvez que de propósito, agora, ao ensino primário se chama ensino básico. Faz negativo sentido: ali está expressa a letra a condizer com a careta.

Entretanto, nas universidades vai-se acentuando a prevalência da língua inglesa e, pelo menos, numa Faculdade de Economia, sediada em Lisboa, até as reuniões dos Conselhos Directivo e Científico são efectuadas com o restrito uso da Língua Inglesa. O que representa uma total subserviência perante o estrangeiro.e absoluto desprezo pelo valor pátrio da Língua Portuguesa.

A propósito, é sintomático que nunca se tenha providenciado no sentido de dotar a língua nacional com um português léxico científico; para cuja necessidade e superior conveniência (mesmo sob o ponto de vista económico) hei, várias vezes, chamado a atenção dos governantes Ademais, tendo bem presente a importância e projecção mundial do idioma português falado por 250 milhões de pessoas.

Uma última observação: se a ideia dos nossos governantes e políticos do refugo nacional é acabar com Portugal, há que tomar consciência de que encetaram já esse subterrâneo rumo ao não promoverem as diligências necessárias para a Espanha devolver a Portugal a soberania do território de Olivença, a que está obrigada desde a celebração do Tratado de Viena, de 1814/1815, e ao prosseguirem, sub-repticiamente, uma política de desprezo, abandono e abastardamento da Língua Portuguesa.

O povo português tem que se opor firmemente a tão abominável desígnio e conseguir formas de impedir tal crime de lesa-pátria.