Publicado há 2 anos
PÃO, PÃO, QUEIJO, QUEIJO.
NEM PRESUNÇÃO,
NEM ÁGUA BENTA
NEM PRESUNÇÃO,
NEM ÁGUA BENTA
Dois interessantes e significativos episódios marcantes na universitária vida
brasiliana
01. A vida académica do jovem estudante é sempre bastante preenchida. Para
além das rotinas diárias de satisfação das necessidades e cuidados básicos
inerentes à vivência de qualquer ser pensante, há aqueloutras específicas da
condição estudantil que, em complementaridade escolar, têm a ver com a
frequência das aulas, o convívio com os colegas, as horas de estudo, os tempos
de ócio e a suprema, agradável, sensação de naturalmente absorver a cativante
atmosfera que impregna o Campus. Diga-se que nele, repartido por todos os
sectores, subjaz um peculiar, suave e deleitoso clima que seduz e encanta.
Esse encanto não é só partilhado pelos estudantes mancebos. Também, por igual, sentido pelos jovens de maior idade. E nessa faixa de temporalidade existencial se situava Brasilino Godinho que a enquadrava no patamar compreendido entre os setenta e sete e os oitenta e cinco anos. Claro que também partilhou desse perceptível encantamento.
Dele guarda imperecíveis recordações.
E logo no primeiro dia de aulas: a consoladora entrada no Departamento de Línguas e Culturas, a recepção carinhosa de quatro gentis colegas, Sara Pelegrineti, Andreia Catarina, Ana Rita, Liliana Caetano e a impressão indescritível da primeira aula leccionada pela Professora Doutora Urbana Bendiha – por sinal de Português.
Esse encanto não é só partilhado pelos estudantes mancebos. Também, por igual, sentido pelos jovens de maior idade. E nessa faixa de temporalidade existencial se situava Brasilino Godinho que a enquadrava no patamar compreendido entre os setenta e sete e os oitenta e cinco anos. Claro que também partilhou desse perceptível encantamento.
Dele guarda imperecíveis recordações.
E logo no primeiro dia de aulas: a consoladora entrada no Departamento de Línguas e Culturas, a recepção carinhosa de quatro gentis colegas, Sara Pelegrineti, Andreia Catarina, Ana Rita, Liliana Caetano e a impressão indescritível da primeira aula leccionada pela Professora Doutora Urbana Bendiha – por sinal de Português.
02. Recordações que se espraiam por um período de oito consecutivos anos de
escolaridade universitária. Elas são várias e multiformes. Umas bastantes
singelas e algo rotineiras. De amizade, fraternidade, camaradagem; de ajuda
mútua sempre disponível entre colegas que se estimam e se respeitam.
Também retidas em grata memória as relações respeitosas, de cordialidade e até de amizade, tidas com professores e professoras, mesmo nos raríssimos casos de desentendimento ocasional.
Outras mais invulgares, mas muito impressivas e exaltantes, inculcaram em Brasilino Godinho marcas significativas, plenas de simbolismo e de notória significação. Outrossim, algumas delas, manifestas com seu quê de hilaridade.
Também retidas em grata memória as relações respeitosas, de cordialidade e até de amizade, tidas com professores e professoras, mesmo nos raríssimos casos de desentendimento ocasional.
Outras mais invulgares, mas muito impressivas e exaltantes, inculcaram em Brasilino Godinho marcas significativas, plenas de simbolismo e de notória significação. Outrossim, algumas delas, manifestas com seu quê de hilaridade.
03. Obviamente que as recordações de Brasilino Godinho não estão todas
mergulhadas num perfumado mar de rosas…
Pequenas e insignificantes contrariedades aconteceram ao longo dos oito anos da sua vida universitária – o que é normal. Todas elas, afinal, também integram o painel onde se representam as diversificadas, sofridas, vistosas, decorativas e mais ou menos brilhantes facetas da vida brasiliana.
Todavia, acintosamente anormal foi a malcriadez de um ser do sexo feminino que, certamente, nos tempos de adolescência e juventude nunca tomou o chá das cinco…
Tal humana criatura sem se respeitar a si própria, sem respeitar a função que exerce, e sem respeitar o estudante, o cidadão e o idoso, Brasilino Godinho, ousou ter, para com ele, um comportamento indigno.
Não obstante - e até por isso - a criatura em causa pode ufanar-se de, involuntariamente, ter contribuído para o enriquecimento espiritual e fortalecimento de ânimo de Brasilino Godinho. Bem-haja!
Pequenas e insignificantes contrariedades aconteceram ao longo dos oito anos da sua vida universitária – o que é normal. Todas elas, afinal, também integram o painel onde se representam as diversificadas, sofridas, vistosas, decorativas e mais ou menos brilhantes facetas da vida brasiliana.
Todavia, acintosamente anormal foi a malcriadez de um ser do sexo feminino que, certamente, nos tempos de adolescência e juventude nunca tomou o chá das cinco…
Tal humana criatura sem se respeitar a si própria, sem respeitar a função que exerce, e sem respeitar o estudante, o cidadão e o idoso, Brasilino Godinho, ousou ter, para com ele, um comportamento indigno.
Não obstante - e até por isso - a criatura em causa pode ufanar-se de, involuntariamente, ter contribuído para o enriquecimento espiritual e fortalecimento de ânimo de Brasilino Godinho. Bem-haja!
04. Ainda considerando as agradáveis memórias vou ater-me à descrição de dois
episódios que jamais esquecerei.
Se bem me lembro, estávamos no mês de Janeiro de 2009. E nessa altura um colega contou-me a história de uma acesa discussão que tivera com outro camarada. Dizia este, em tom convicto, que aquele senhor (Brasilino Godinho), presente em todas as aulas, era inspector - o que era refutado pelo meu informador da ocorrência, que lhe assegurava ser o “inspector” um colega do curso que ambos frequentavam. Porém, o colega voltava à carga e insistia: “Tu não vês que ele é uma pessoa de muita idade, podia ser nosso avô, se senta sempre na primeira fila e está muito atento ao que o professor está dizendo e tomando, de vez em quando, algumas breves notas?” Mas, como resposta, voltava a enfrentar a firme posição do colega em manter a indicação de Brasilino Godinho ser um estudante. Por fim, o renitente convencido de uma irrealidade funcional, lá acabou por ficar ciente da verdade.
Fartei-me de rir com este gracioso relato de uma disputa entre colegas em que fui a figura em foco.
Numa outra ocasião, julgo que em Maio de 2010, estava à porta do Departamento de Línguas e Culturas, da Universidade de Aveiro, na companhia de duas colegas, conversando e às tantas, uma delas, repentinamente, dirige-se-me em modo muito directo: Brasilino, quero dizer-lhe uma coisa: já estive para desistir do curso e algumas vezes não tenho vontade de estudar. Mas lembro-me de si; e então vou em frente.
Devo assinalar que ouvir esta declaração a uma colega de Viseu foi das coisas mais gratificantes que me aconteceram durante o meu percurso universitário. E em mim radicou a ideia, que já me era pressentida, de que com a frequência da universidade e a provecta idade que me era adstrita, estava não só a valorizar-me intelectualmente mas também a prestar um serviço cívico à comunidade portuguesa. Precisamente, na invulgar condição de ser exemplo, inspiração e incentivo, para as novas gerações e para todos quantos se sintam esmorecendo nos seus objectivos de vida.
Se bem me lembro, estávamos no mês de Janeiro de 2009. E nessa altura um colega contou-me a história de uma acesa discussão que tivera com outro camarada. Dizia este, em tom convicto, que aquele senhor (Brasilino Godinho), presente em todas as aulas, era inspector - o que era refutado pelo meu informador da ocorrência, que lhe assegurava ser o “inspector” um colega do curso que ambos frequentavam. Porém, o colega voltava à carga e insistia: “Tu não vês que ele é uma pessoa de muita idade, podia ser nosso avô, se senta sempre na primeira fila e está muito atento ao que o professor está dizendo e tomando, de vez em quando, algumas breves notas?” Mas, como resposta, voltava a enfrentar a firme posição do colega em manter a indicação de Brasilino Godinho ser um estudante. Por fim, o renitente convencido de uma irrealidade funcional, lá acabou por ficar ciente da verdade.
Fartei-me de rir com este gracioso relato de uma disputa entre colegas em que fui a figura em foco.
Numa outra ocasião, julgo que em Maio de 2010, estava à porta do Departamento de Línguas e Culturas, da Universidade de Aveiro, na companhia de duas colegas, conversando e às tantas, uma delas, repentinamente, dirige-se-me em modo muito directo: Brasilino, quero dizer-lhe uma coisa: já estive para desistir do curso e algumas vezes não tenho vontade de estudar. Mas lembro-me de si; e então vou em frente.
Devo assinalar que ouvir esta declaração a uma colega de Viseu foi das coisas mais gratificantes que me aconteceram durante o meu percurso universitário. E em mim radicou a ideia, que já me era pressentida, de que com a frequência da universidade e a provecta idade que me era adstrita, estava não só a valorizar-me intelectualmente mas também a prestar um serviço cívico à comunidade portuguesa. Precisamente, na invulgar condição de ser exemplo, inspiração e incentivo, para as novas gerações e para todos quantos se sintam esmorecendo nos seus objectivos de vida.
05. Reitero que é nessa perspectiva que assenta a determinação de dar
notícia e valorizar o alcance dos consumados êxitos (Licenciatura e
Doutoramento) da vida universitária de Brasilino Godinho.
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