Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, abril 07, 2020


394. Apontamento
Brasilino Godinho
07/Abril/2020

NUNCA, EM PORTUGAL, A INCOMPETÊNCIA
TERÁ SIDO TÃO MORTÍFERA COMO AGORA.
LANÇO UMA PENOSA QUESTÃO!

Cingindo-me à COVID-19 e à incrível desorientação, à intolerável falta de instrumentos operacionais e à muito danosa pouca eficácia da luta que tem sido travada, algo displicentemente, contra o maldito coronavírus.

Se bem recordo o que há escassos minutos acabei de ler na página 6, do Diário de Aveiro, de hoje, não existe uma única zaragatoa no Hospital de Aveiro. O Centro de Saúde tem entre 40 e 50 zaragatoas. Além de que muitos outros meios de tratamentos e de equipamentos escasseiam, principalmente no Hospital.
Estes dados reflectem a dramática situação de Aveiro no que concerne à luta contra o coronavírus.
Importa anotar que estão ocorrendo muitos contágios e aumenta o número de mortos vítimas da COVID-19.

O que se passa em Aveiro não é caso esporádico. Por aquilo que se vai conhecendo, através da comunicação social e do que é presenciado in loco por muitas pessoas de diversos pontos do país e que nos é transmitido, agrava-se todos os dias a situação sanitária em todo o território nacional.

Os boletins fornecidos diariamente pelas duas senhoras, das emissões televisivas, oficialmente aparentadas com a Saúde pública, não merecem qualquer crédito.

Os leitores tenham bem presente que se não há testes, se eles não são realizados atempadamente, em cadência quotidiana, é evidente que as estatísticas com os números dos contagiados e dos mortos são falsas e manipuladas – e não há que dar crédito à despudorada inversão da terrível realidade: a de continuar a progressão fatídica da enfermidade atingindo elevado número de portugueses.  

Não menos grave o facto de não se atendendo à intensidade, à expansão do coronavírus e à localização dos focos maiores da pandemia, nunca ocorrerá a forma mais objectiva de mobilizar meios de combate e de lhe fazer, de imediato, confronto oportuno e eficaz.

Por outro lado, começa a haver laxismo na fiscalização da circulação de pessoas pelas ruas das cidades e que cada vez mais frequentemente se passeiam nas vias públicas. O que até se compreende; uma vez que os polícias não actuam devidamente protegidos com equipamentos adequados e que em número não desprezível já foram infectados.

Aliás, impressiona muito desagradavelmente ver reportagens nas televisões em que aparecem governantes na praça pública e em eventos vários, rodeados de pessoas e sem estarem usando máscaras e viseiras – precisamente num tempo em que se recomenda que toda a gente esteja recolhida nas suas casas.
Nem o que sucedeu ao chefe do governo inglês, Boris Johnson, lhes serve de lição. 

Aqui afirmo e usando todas as letras: cumpre-lhes o dever funcional, a obrigação moral, a imposição legal e a determinante cívica, de serem exemplo de acatamento das suas próprias determinações legais.

Se estivéssemos num Estado de direito, ninguém estava isento de cumprir a Lei. Logo, todos os governantes que a não respeitassem seriam punidos exemplarmente.

Mais aponto uma farpa certeira: relativamente aos governantes que andam por aí, por tudo que é sítio público, exibindo-se sem máscara e sem respeitarem o distanciamento social, deviam ser contemplados com autos de transgressão elaborados pelos agentes da PSP e pelos guardas da GNR.

Resta-me lançar uma penosa questão:
Quantos milhares de portugueses terão que morrer para que sejam substituídas as duas senhoras, quais vedetas televisivas que, em sede de Poder, tão desastradamente se contradizem e têm descuidado da saúde de inúmeros cidadãos deste país?

Legenda da foto:
Se a incompetência é persistente
O seu espelho também é presente