BRASILINO GODINHO
QUEM ERA, QUEM É, QUEM QUER
SER
Di-lo numa entrevista ao SAPO 24, que por extensa,
ser pertinente e, eventualmente, interessar adultos e jovens estudantes, será
publicada a partir desta data (16/02/2020), dividida em partes como se fosse um
folhetim.
Início da Parte I
“Doutorado aos 85 anos: "vou continuar activo
enquanto estiver na plena posse das minhas faculdades de alma"
10 jul
2017 10:45
Aos 77
anos, Brasilino Godinho decidiu ir para a universidade. Depois da licenciatura,
seguiu para o doutoramento, que agora concluiu, mas não fica por aqui.
Estivemos à conversa com o mais recente (e mais velho) doutor da Universidade
de Aveiro.
É com
muito agradável estado de espírito, eufórico, festivo, que tenho a honra, o
prazer e… a imodéstia (Caramba! Não tenho currículo, idade e pretensões de
santidade…) de vir informar urbi et orbi e a todas e todos, ora mencionados -
amigos, leitores, estimadas colegas, caros
condiscípulos dos cursos académicos, atónitos desconhecidos, jovens
deslumbrantes e simpáticas da minha especial afeição, velhas e atraentes tias
das várias linhas dos Estoris e Algarves, garridas tricanas da beira-mar,
esbeltas moças dos Tabuleiros nabantinos, lindíssimas, adoráveis, brasileiras
que, comigo, partilharam os bancos da universidade, alcoviteiras da
borda-d’água, amigos da onça, inimigos (poucos, mas de primeira apanha),
invejosos enfurecidos, parentes muito afastados a quem hoje atribuo o pomposo
título de ex-familiares - que, para satisfação e alegria de uns e chatice e
muita ralação de outros, hei, hoje, dia 5 de julho de 2017, aos 85 anos de
idade, ultrapassado a condição de Licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas
(que mantinha desde Dezembro de 2012) e sido admitido pelas Universidades de
Aveiro e do Minho, no grau académico de Doutor em Estudos Culturais, com
aprovação por unanimidade do júri do respectivo acto doutoral.
É assim
que Brasilino Godinho, 85 anos, abre um texto que partilhou com amigos e
familiares ao final do dia 5 de julho. Partilhou-o depois de concluir o
doutoramento em Estudos Culturais pela Universidade de Aveiro, com a tese
“Antero de Quental: um Patriotismo Prospectivo no Porvir de Portugal”, que
Brasilino quer que seja um trabalho de “exaltação da pessoa e obra de Antero de
Quental, insigne poeta, extraordinário pensador, grande patriota e figura maior
da História de Portugal”.
Depois de
chamadas perdidas e desencontros, finalmente conseguimos falar com Brasilino -
por correio eletrónico. Em entrevista ao SAPO 24, fala-nos de quem era,
de quem é e de quem quer ser.
Quem era
o Brasilino antes de, aos 77 anos, decidir fazer uma licenciatura?
Não
começa mal a apresentação das perguntas…
Pergunta
difícil de responder. Simplesmente porque tenho dificuldade e repulsa em
ajuizar a minha pessoa.
Mas, por
ser solicitado e admitindo suscitar algum interesse público, direi que antes
dos 77 era o homem que sou hoje; abstraindo a valorização cultural e social que
em mim se foi operando nos últimos oito anos de frequência dos cursos de
licenciatura e de doutoramento – este concluído ontem, dia 5 de Julho de 2017.
Um
cidadão que sempre se preocupou em cumprir os deveres inerentes à sua condição
humana e qualificação cívica no seio da sociedade portuguesa.
Sintetizando:
alguém que tem por norma de vida ser sempre igual a si próprio; certamente com
qualidades que procura aprimorar e com defeitos que intenta corrigir ou
eliminar – sem veleidades de atingir a santidade…”
(Fim da Parte I)
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