358. Apontamento
Brasilino Godinho
07/Fevereiro/2020
A BEM DOS ESTUDANTES
DOS TRÊS GRAUS DE ENSINO
O meu 354. Apontamento de 01 de
Fevereiro de 2020, incidiu sobre o “ESTUDO “BURNOUT” SURPREENDE A
UNIVERSIDADE”.
Neste 358. Apontamento foco um
outro aspecto concernente à mesma problemática. Ou seja: considero que para
além da contínua avaliação das percentagens dos estudantes afectados pela
síndrome de Burnout, importa sobremaneira cuidar a prevenção e o precoce
tratamento das depressões logo que manifestados os primeiros sintomas. É neste
ponto fixado que incidem as minhas preocupações e o eventual apoio, inspiração,
incentivo, que esteja ao meu alcance ou decorrente das hipotéticas solicitações
que me sejam dirigidas.
E uma vez que refiro solicitações
lembro-me que o meu colega e amigo Mário Pc Martins, em 2017, chegou a publicar
no Facebook uma pequena nota em que sugeria ao Ministro da Educação e ao
Ministro do Ensino Superior que o novo Doutor Brasilino Godinho fosse às
escolas dar testemunho do seu inédito caso.
Agradeci-lhe a ideia e creio que
seria benéfica para os estudantes. A concretizar-se a ideia, seria específica,
significativa, actividade abrangente nunca exercida em Portugal.
O que fui ao longo da minha
existência octogenária é coisa ímpar, que não cabe na cabeça das pessoas e
muito menos dos jovens.
Mais de anotar: Para além dos
factores de idade, de apego ao trabalho, de persistência num objectivo,
sobressai um aspecto de que ninguém fala: o da minha fraca audição, que durante
8 anos me obrigou ao grande esforço diário de horas consumidas a procurar nos
livros e na Internet tudo aquilo que não recolhia nas aulas; a que se juntavam
outras tantas horas do imprescindível estudo. Esta, precisamente, uma faceta
que julgo mais favoravelmente seria acolhida pelas jovens. Apresentação que
faria aos estudantes, interagindo com eles e acentuando-lhes que não me
considero um super-homem.
Porém, até hoje, nicles!
Se calhar, julga-se que o
Brasilino Godinho se está pondo nos bicos dos pés e pretende tornar-se famoso.
Quanto a isso que mais fama pode ter (ou interessar) quem dela desfrutou em
profusão por tudo quanto é comunicação social: televisões, rádios, jornais,
revistas, internet, nacionais e estrangeiros, nos anos de 2012, 2013, 2017,
2018, 2019 e mesmo 2020 e pelo dilatado conhecimento público em Portugal e
nalguns países? Isto apontado, sem dar indicação dos reflexos da vivência
profissional de dezenas de anos e bastante dispersa por diversos locais de
Portugal.
Para maior peso e influência benéfica
no estudante possuído de ansiedade desaconselho que se lhe diga simplesmente
que Brasilino Godinho foi o estudante mais velho que frequentou a Universidade
em Portugal.
É pouco e não convencerá o
inquietado jovem. E presta-se a um equívoco. Pior, ainda, não despertará no
jovem o efeito pretendido de ser referência estimulante apontada a recobro de
ânimo e à recuperação da autoconfiança.
Pois que o estudante pode ficar
julgando que se trata de mais um caso (de bastantes outros frequentes nas
universidades portuguesas e internacionais) de alguém que, depois de reformado
e já de provecta idade, volta à universidade para tirar uma cadeira ou mesmo
mais um grau académico. E no íntimo, pensando que é um devaneio ou
excentricidade do idoso, tardio frequentador da universidade.
Julgo que no meu caso é de fazer
o registo de ter sido caloiro universitário com 77 anos de idade e ter cursado
dois graus de Ensino Superior: Licenciatura e Doutoramento e obtido aos 81 e 85
anos os respectivos diplomas, com boas classificações. E citando que durante os
8 anos de vida universitária enfrentou, sem desfalecimento, a contrariedade da
sua deficiência auditiva que o obrigava a esforços redobrados (acima referidos)
na aprendizagem das matérias curriculares.
Tenho a presciência, que é
partilhada por várias entidades deste país, de que me caberia a meritória
tarefa de alentar os estudantes que se manifestam depressivos e propensos a
desistir dos estudos. Porém, os altos dirigentes da Governação e do Ensino têm
manifestado um grande desprezo para com Brasilino Godinho, sua condição
académica, seu historial de vida e capacidade interventiva.
Lamento! Não por ressentimento
pessoal. Mas pelos eventuais danos e insucessos que tal procedimento possa
causar a quantos jovens poderiam recolher ideias e incentivos dos paradigmáticos
currículos de vida e universitário de Brasilino Godinho.
Legenda das fotos:
Brasilino Godinho e Mário Pc. Martins
Brasilino na SIC, falando aos jornalistas após a defesa da tese e no átrio da Reitoria da UA.
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