81. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
03 de Fevereiro de 2018
BRASILINO GODINHO
03 de Fevereiro de 2018
A IRONIA DE UMA VARIEDADE DE CENTEIO
E A PERDA DE VALIDADE DE UM CONCEITO
E A PERDA DE VALIDADE DE UM CONCEITO
01. O durão cidadão Barroso (conhecida variedade de centeio) - que no
seu tempo áureo de político desta terceira república disse, em alto som,
que Portugal estava no estado de tanga – é, agora, um capitalista que
destoa da pelintrice em que então o país estava (e está) mergulhado. Um
fenómeno com o seu quê de ironia, de singularidade franciscana e de
austera pobreza(…) enriquecida com deslumbramento, pompa e circunstância
europeia; fastos centrados em Bruxelas.
02. Em tempos recuados
da monarquia dava-se como adquirida a certeza de que era na realeza que
se situava a reserva moral de Portugal.
Passados anos de desvarios monárquicos passou-se a considerar que era na Igreja que se acolhia a reserva Moral da nação portuguesa.
Com o Estado Novo, no século XX, houve nova inflexão sobre a entidade que se deveria admitir como a famigerada reserva moral e a designação, a cargo dos corifeus do situacionismo, caiu de supetão nas forças armadas. Assim promovidas a um estatuto que premiava e enaltecia a lealdade a Oliveira Salazar e ao regime que ele dominava com mão de ferro; e usando cortinas várias de textura férrea.
E já na vigência da temporada do pós-25 de Abril, sem ninguém me ter feito encomenda do sermão dirigido às hostes, resolvi cometer o devaneio patriótico de afirmar publicamente que a reserva moral da sociedade portuguesa estava configurada na Magistratura Judicial.
Hoje reconheço que, infelizmente, me precipitei. Estou errado. Convencido por aquilo que é público e notório, digo: a minha ideia perdeu validade.
A reserva moral conectada com a Justiça, foi atingida por um fatídico ar que lhe deu ou que penetrou nas entranhas do corpo institucional que lhe facultava sustento e operacionalidade.
Passados anos de desvarios monárquicos passou-se a considerar que era na Igreja que se acolhia a reserva Moral da nação portuguesa.
Com o Estado Novo, no século XX, houve nova inflexão sobre a entidade que se deveria admitir como a famigerada reserva moral e a designação, a cargo dos corifeus do situacionismo, caiu de supetão nas forças armadas. Assim promovidas a um estatuto que premiava e enaltecia a lealdade a Oliveira Salazar e ao regime que ele dominava com mão de ferro; e usando cortinas várias de textura férrea.
E já na vigência da temporada do pós-25 de Abril, sem ninguém me ter feito encomenda do sermão dirigido às hostes, resolvi cometer o devaneio patriótico de afirmar publicamente que a reserva moral da sociedade portuguesa estava configurada na Magistratura Judicial.
Hoje reconheço que, infelizmente, me precipitei. Estou errado. Convencido por aquilo que é público e notório, digo: a minha ideia perdeu validade.
A reserva moral conectada com a Justiça, foi atingida por um fatídico ar que lhe deu ou que penetrou nas entranhas do corpo institucional que lhe facultava sustento e operacionalidade.
03. Agora, que dizer acerca de tudo isto?
Inevitavelmente há que ajuizar do estado moral em que se encontra a grei e do valor e aplicabilidade do conceito de reserva moral do país.
E sem grandes considerações, apurados estudos ou extensas análises, do que possamos designar por desgovernação, circo, mercado, teatro ou tragédia não grega, mas especificamente portuguesa, facilmente se conclui que a reserva moral decaiu para incrível e obsceno patamar de inépcia, descrédito e inanidade.
Praticamente, todos os dias, acontecem gritantes demonstrações da gravidade das patologias que estão corroendo o tecido sociopolítico da lusa nação.
O que é situação reflexa do colapso da Moral, do descrédito dos falsos moralistas e da degradação geral a que chegou Portugal. País mergulhado no pântano de que falava a guterreana criatura; esta, provavelmente colocada no alto observatório da ONU por cautelar providência de divino ser… convencido pela aguerrida dialéctica do político português.
Inevitavelmente há que ajuizar do estado moral em que se encontra a grei e do valor e aplicabilidade do conceito de reserva moral do país.
E sem grandes considerações, apurados estudos ou extensas análises, do que possamos designar por desgovernação, circo, mercado, teatro ou tragédia não grega, mas especificamente portuguesa, facilmente se conclui que a reserva moral decaiu para incrível e obsceno patamar de inépcia, descrédito e inanidade.
Praticamente, todos os dias, acontecem gritantes demonstrações da gravidade das patologias que estão corroendo o tecido sociopolítico da lusa nação.
O que é situação reflexa do colapso da Moral, do descrédito dos falsos moralistas e da degradação geral a que chegou Portugal. País mergulhado no pântano de que falava a guterreana criatura; esta, provavelmente colocada no alto observatório da ONU por cautelar providência de divino ser… convencido pela aguerrida dialéctica do político português.
04. Impõe-se
questionar: Qual o futuro da nação portuguesa se nem sequer possui o
arrimo de uma reserva moral a que recorrer para recuperar da letargia e
da decadência que, com bastante intensidade, tanto se fazem sentir no
quotidiano das suas gentes?
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