361. Apontamento
Brasilino Godinho
09/Fevereiro/2020
O PERIGO AMARELO
01. Há dezenas de anos que com
maior ou menor insistência se fala e escreve sobre o perigo amarelo. Até
Oliveira Salazar deu opinião sobre ele.
Apontava-se o perigo latente no poderio
militar, na explosão demográfica de um imenso território chinês, na preponderância
de uma política económico/financeira expansionista, mesmo mais expressiva do
que a componente ideológica que lhe subjazeria.
Longe de qualquer congeminação
esteve sempre a hipótese do perigo amarelo radicar na difusão mundial de uma
pandemia extremamente devastadora de vidas humanas como se prevê ser esta, do
coronavírus, agora surgida na China.
Perante essa calamidade que se
está expandindo à escala mundial – o que é facilitado pela intensa corrente dos
transportes aéreos geradores de inúmeros contingentes de migração e turismo, de
negócios e diplomacia – não se vislumbram meios eficazes de a conter e facultar
segurança às populações.
No que diz respeito ao nosso país
a dirigente máxima da Direcção Geral de Saúde depois de vagas intervenções
televisivas tendentes a convencer a malta de que aqui tudo decorria nos
conformes, sem grandes preocupações; há dois ou três dias veio declarar que em
Portugal não existem meios, sobretudo, humanos para enfrentar uma investida em
força dos temíveis vírus.
O que faz total sentido num
Portugal que trata melhor da saúde dos cães e gatos do que da saúde e bem-estar
dos humanos…
Aliás, se bem atentarmos naquilo
que representa ou pretende alcançar a política de degradação das condições de
vida dos idosos; predestinada para, com os seus devastadores resultados, servir
de alavanca redutora dos défices da Segurança Social e da ADSE; ficamos cientes
das motivações que justificam a displicência oficial acerca deste perigo
amarelo que é encarado com a maior apreensão pela maioria dos portugueses.
02. Não obstante o pouco material
informativo que tem chegado ao meu conhecimento e fazendo fé nas informações
das autoridades chinesas o número de infectados cifra-se em quase cem mil
indivíduos e os mortos cerca de oitocentos.
Sou levado a considerar
que:
- estatísticas difíceis de apurar
num tão vasto território e filtradas pelos serviços oficiais e partido
comunista estarão aquém da realidade dos efeitos destruidores do surto de coronavírus;
- a história do surgimento e propagação
da patologia estará muito mal contada;
- desse aspecto de inconformidade
dá nota a morte, por contágio, do médico Li Wenliang precedida de sua detenção
sob acusação de espalhar boatos; o qual, tinha alertado colegas para a
existência do corona vírus e os desaparecimentos do médico octogenário Jiang
Yangyong e do jornalista Chen Qiushi; os quais se vinham ocupando em informar o
público sobre a real situação sanitária decorrente do aumento diário dos
contagiados;
- não me repugna aceitar a
conclusão de que o coronavírus tenha sido criado em laboratório com vista a ser
utilizado como instrumento de drástica diminuição da enorme massa populacional
da China. E que, às tantas, a aplicação do expediente, tenha ficado sem
controle e extravasado para limites de expansão não previstos pelo pessoal
científico.
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