362. Apontamento
Brasilino Godinho
11/Fevereiro/ 2020
PORTUGAL SOB IMINÊNCIA,
DE, EM TEMPO PRÓXIMO, SE
AFUNDAR COMO O TITANIC
Portugal atravessa uma das maiores crises da sua
História. Hoje são múltiplas e diversas as ameaças que pairam no seu horizonte.
A média região europeia que é o seu território
continental tem, como uma espada sob a cabeça de Dâmocles, a contingência de
ser retalhada em pequeninas regiõezinhas, convertidas em espaços de abrigo para
usufruto e regalias de clientelas partidárias e se constituíram como
sorvedouros das deficitárias Finanças do falido Estado e do País.
Todos os sectores da Administração Pública e da
sociedade lutam com enormes carências monetárias e de meios humanos e materiais
para se desempenharem regularmente das suas funções ou ocupações operativas.
A corrupção existente é tão grande e avassaladora que
alcandorou o país a patamar cimeiro, situado ao nível de quinta posição da
maioria dos países mais corruptos da Europa, decorria o ano de 2015. Estamos em
2020 e por tudo que se conhece e subjaz nos subterrâneos da perversidade
nacional, admite-se que Portugal seja já o país europeu mais corrupto. Isto tem
graves consequências; incalculáveis na política, na economia e no quotidiano da
sociedade portuguesa.
Por outro lado, o abandalhamento, o desprezo, a
desvirtuação, a subalternização e o abandono da língua portuguesa, iniciados
por Malaca Casteleiro (morreu há dias e foi classificado, (imagine-se!...) por
alta personalidade do Estado, como um defensor da Língua Portuguesa – ele, que
desempenhou com afinco o papel de coveiro da Língua e que mais danos lhe causou
com o aberrante Acordo Ortográfico de 1990 e o incrível Dicionário da Academia),
constituem factores que, objectivamente, concorrem para o seu contínuo declínio;
o qual está apontado à condição de inexpressivo dialecto regional, arrastando o
colapso de Portugal como pais independente e soberano da sua ímpar História, no
contexto da evolução da Humanidade – o que coincide com os intentos de certa
rapaziada abancada à rica mesa orçamental do Parlamento Europeu que funciona a
expensas da milionária Fazenda Europeia.
E como se este negro quadro fosse pouca expressão
da persistente desgraça de Portugal, faltava-nos esta do coronavírus para
acentuar e apressar os esforços desencadeados por ignóbeis políticos sem
escrúpulos, sem moral e sem vergonha, no sentido de eliminação da gente idosa,
que um deles, enfermo da peste parlamentar, indecentemente classificou de
“peste grisalha” – o que se interpreta como expediente criminoso; qual instrumento
de recuperação financeira da Segurança Social e da ADSE: note-se que este
organismo estatal entrou em quase falência pelo facto de ter sido cometido um
desfalque de milhões de euros, praticado pelo ex-presidente da instituição.
Enfim, Portugal está mergulhado num grande pântano
de águas fétidas muito profundas e mal flutua sob a enorme e devastadora carga
de imundice que lhe colocaram em cima. Faz lembrar o paquete RMS Titanic e tal como ele
está soçobrando, enquanto os indígenas adormecidos não se dão conta do colapso
iminente e os músicos de serviço tocam desafinados, acompanhando o cântico das
cotovias, com o qual se deleitam os dançarinos acrobatas partilhando o plateau e a exibição com os artistas de
patéticas acrobacias e de reles maquinações.
E, eventualmente, assim se afundará Portugal à
semelhança do paquete RMS Titanic, em Abril de 1912.
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