318. Apontamento
Brasilino Godinho
15/Novembro/2019
QUISERAM A FESTA, MAS NÃO LHES SUAM AS TESTAS…
É AOS CONTRIBUINTES QUE ISSO ACONTECERÁ.
OS INDIGENAS POBRES JÁ ESTÃO PAGANDO AS FAVAS.
Eles quiseram festa religiosa em
Lisboa. Ela envolve visita do Papa Francisco.
Os jornais de hoje informam que a
visita vai custar mais de cinquenta milhões de euros.
Com tão elevadíssimo encargo
financeiro programado irresponsavelmente num país em estado de bancarrota como
é o caso do Portugal de tanta miséria, pelintra, com faltas de dinheiro para
cobrir as despesas correntes da Administração Pública, contemplando-se numa enorme
dívida e que vai penosamente sobrevivendo contraindo sucessivos empréstimos no
exterior capitalista; bem se dispensaria a muito dispendiosa festa religiosa e
a correlativa visita papal. Uma administração responsável nem sequer se
lembraria de a conceber, sequer programar.
Porém, com aquele sentido de
desgovernar que tem caracterizado os governos das direitas e esquerdas deste
regime de Partidocracia, a governação actual não entendeu o desacerto da sua
decisão e vai esbanjar mais de € 50 000 000 (cinquenta milhões de
euros) - que tanta falta farão para cobrir despesas correntes dos serviços públicos.
Claro que as entidades que
tomaram tão absurda iniciativa não lhes suam as testas para comparticiparem o
custo do devaneio despesista que se propuseram concretizar tão
despropositadamente.
Aos contribuintes portugueses vai
ser cometido o encargo de pagar a factura dos mais de cinquenta milhões de
euros.
Porém, os indígenas portugueses,
de segunda e terceira classes, nesta altura, já estão, antecipadamente,
sofrendo as consequências do enorme rombo no ORÇAMENTO do ESTADO que está
prestes a acontecer.
Pois que o governo está cortando
nas despesas com os hospitais, as escolas, os transportes, a função pública,
para amealhar a grossa maquia a despender com a festa religiosa de Lisboa. O
que se reflecte nas já de si precárias condições de vida de muitos milhares de
pessoas.
Não é por acaso que faltam
preenchimentos dos quadros de pessoal em quase todos os departamentos estatais,
que existem falhas diárias de medicamentos nos hospitais, e inúmeras restrições
ao funcionamento das forças armadas e de segurança, das cantinas escolares, dos
estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (por exemplo: hoje anunciado o
encerramento nocturno do sector das Urgências Pediátricas do Hospital Garcia da Orta, em Almada).
É espantoso que a Comunicação
Social não se “aperceba” desta programada fase de restrições governamentais
para o governo amealhar “massas” para liquidar a factura da festa religiosa de
Lisboa.
Anota-se que quem não tem dinheiro não se mete em
festas. Portugal não deve, nem pode dar-se ares de rico e de grandeza que, de
todo, não possui.
O governo devia recolher-se à sua insignificância e
não comprometer, nem amesquinhar mais a Nação.
Lamenta-se que a hierarquia da Igreja tenha entrado
no desvario e onda das grandes, desmedidas, festanças, num tempo que devia ser
de contenção de despesas e de fraternidade com os portugueses mais carecidos de
meios de subsistência e necessitados de apoio moral, face ao desprezo que lhes
é votado pelos políticos e governantes que se exibem no circo político da
capital deste incrível reino da bicharada em que eles transformaram Portugal.
O simpático Papa Francisco não merece ser utilizado
como personagem de satisfação e deslumbramento dos governantes portugueses; os
quais muito abusam e gostam de se armarem aos cucos.
Bom seria que o Vaticano transferisse a festa para
o Vaticano.
Os portugueses que não foram tidos nem achados
nesta história mal contada da festiva realização de Lisboa, ficavam-lhe
reconhecidos!
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