311. Apontamento
Brasilino Godinho
09/Novembro/2019
PORTUGAL,
A GRAÇA E A DESGRAÇA
01. Concentrando a questão na minha pessoa.
A 20 de Outubro de 2008 fui caloiro universitário aos 77 anos de idade.
Precedendo provas de acesso classificadas com 17 valores.
Licenciei-me aos 81 anos, com 15 valores.
Doutorei-me aos 85 anos de idade, por unânime decisão do júri.
Foi uma graça de Portugal repercutida pelo mundo
português e por alguns países.
Portanto, tive capacidade para aos 77 anos entrar
pela primeira vez numa universidade, frequentá-la com bom aproveitamento e
obter diplomas das habilitações de Licenciado e de Doutor, no espaço temporal
de 8 anos.
Neste quadro de pessoal
contextura, relativamente a mim, a Universidade de Portugal teve mérito e Portugal
teve graça!
02. Depois do doutoramento e desejando dar o meu
contributo à sociedade tentei arranjar trabalho, como forma de servir o meu
país e dar plena aplicação às habilitações adquiridas. E considerando que tendo
demonstrado capacidade para obter dois cursos universitários, também a teria
para exercer actividade profissional, inclusivamente no sector do Ensino.
Esforços despendidos em vão. O governo recorrendo a
lei que criou e persiste - apesar de se ter comprometido com a aplicação das
normas da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE LISBOA SOBRE OS DIREITOS DOS IDOSOS, de 22 de
Setembro de 2017 - faculta argumentação a entidades que a evocam como
fundamento de rejeição das intenções do cidadão Brasilino Godinho de servir a
Pátria.
03. Quer dizer: Brasilino Godinho teve idade, competência
e brilho, para obter os graus de LICENCIADO E DOUTOR.
Mas segundo o que se depreende das rejeições com
que tem sido contemplado não tem idade, nem competência e falta-lhe brilho, para
trabalhar.
Como diria o falecido artista cómico Badaró:
BRASILINO GODINHO E UNIVERSIDADE DE PORTUGAL, TOMEM E EMBRULHEM!
Neste quadro de pessoal contextura, relativamente a
mim, a Universidade de Portugal tem demérito (desmerecimento) e Portugal é uma
desgraça!
04. Desgraça tanta, que nem sequer o percurso
académico de Brasilino Godinho é aproveitado em termos didácticos e pedagógicos
e, apropriadamente em conformidade educativa, citado nas escolas dos ensinos
básico, secundário e superior, como exemplo de perseverança num rumo de vida e
de diligente aplicação ao estudo, ao trabalho e à valorização pessoal do
indivíduo.
Anotando raríssimos casos ocorridos em escolas do
ensino secundário que a tal tema se referiram por livre iniciativa dos professores;
assinalo que em Portugal tem havido uma generalizada indiferença no sector do
Ensino sobre o eventual alcance induzido do caso brasiliano.
Em contraste, realço a atitude da Universidade
Eduardo Mondlane, de Maputo, Moçambique, que no seu sítio da Internet apontou
aos alunos o currículo universitário de Brasilino Godinho e os exortou a
tomarem atenção ao seu exemplo. E bastantes discentes disso deram testemunho
eloquente. Muito grato fiquei à Universidade Eduardo Mondlane!
Outrossim, de edificante sentido, as iniciativas da
Universidade de Aveiro: edição do PRESS BOOK, inteiramente dedicado à exaltação
do doutorado Brasilino Godinho e a campanha publicitária NUNCA É TARDE, de
angariação de novos alunos, em que se destacava a figura e o exemplo do novo
Doutor da Academia Portuguesa. Claro que estou muito reconhecido à Universidade
de Aveiro e não me canso de reiterar-lhe a minha profunda gratidão.
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