Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, novembro 01, 2019


301. Apontamento
Brasilino Godinho
01/Novembro/2019

ELES MUITO GASTAM E DESGASTAM
MAS NINGUÉM LEVANTA A LEBRE…

01. Os jornais vão fazendo reportagens sobre o crescente número dos sem-abrigo que dormem nas praças e ruas de Lisboa. Trata-se de um fenómeno dramático que também já se vai notando nas cidades da província.
Para além de traduzir uma chaga social e dramas individuais é uma angustiante demonstração do estado decadente da sociedade portuguesa. Que nos envergonha a todos, os portugueses e nos remete para um nível baixo de país do terceiro mundo.
Uma situação que nos deixa indignados, porque se a este miserável estádio chegámos foi pela razão da prevalência de governações inaptas, inconsequentes e corruptas.
E no entanto, a desgraça do país continua em marcha, sem ninguém ou qualquer poder lhe pôr termo.  
02. Portugal está em estado de rotura financeira. Sobrevive economicamente por recorrer a empréstimos que se sucedem a uma cadência assustadora.
Mas, o Governo declara que não há dinheiro para satisfazer encargos de vencimentos, reformas de funcionários públicos e de manutenção de instituições e serviços básicos da Administração Pública (Saúde, Ensino, Segurança Pública, Forças Armadas, infraestruturas e transportes, etc.). Todavia, do nada surgem, qual fenómeno do Entroncamento, meios monetários para esbanjamentos incríveis e escandalosos por parte dos detentores dos vários poderes que tutelam a Nação e desta forma indecente arruínam Portugal.
Ainda de referir que os governantes, a modos de assobiarem para o lado e como se estivessem distraídos, sonâmbulos ou fossem irresponsáveis e incompetentes (o que, actualmente, nestes dois últimos aspectos, é evidenciado a toda a hora) gastam à tripa forra e programam obras de elevado custo, sem procederem à análise cuidadosa sobre o seu impacto no Orçamento e na utilidade e benefícios de várias ordens de grandeza para a sociedade portuguesa.
E neste país, com o que temos de comunicação social e de entidades de múltiplas naturezas e funcionalidades disseminadas por diversos campos operacionais, não há quem levante a lebre relativamente ao quadro negro de avultadíssimas despesas que está estampado à entrada do Asilo Governamental onde se acomodam 70 avençados da República. Afinal, muitos encargos financeiros bem à vista de toda a gente que não se limita a ver passar os comboios nos quais viajam os grandes depredadores do Erário.
Dou três exemplos:
- Portugal, no contexto europeu, é uma média região que está endividada em milhões de euros. Devia ter um governo com a preocupação de poupar nos gastos supérfluos. Não é o caso. Agora entrou em exercício de funções o governo socialista com 70 governantes. Eles e os encargos de instalação e manutenção dos ministérios acarretarão um rombo de milhões de euros no Orçamento e aumento correspondente no défice da Dívida.
- Portugal, com a dimensão territorial e núcleo populacional, de média região alemã e mesmo espanhola, tem já em exibição os mesmos pregoeiros do costume, a apontarem o desvario de regionalizar… uma região. Mais outro rombo no Orçamento e aumento da Dívida. 
- O governo prepara-se para construir aeroporto no Montijo. Mais milhões de euros para agravar as contas públicas.
Alguém me explique qual a razão de não se aproveitar o espaço aeronáutico de Beja.
Portugal é tão rico que se possa permitir o luxo de ter uma infraestrutura aeronáutica abandonada ao Deus dará? E, em contraposição, dispor-se o governo a esbanjar milhões de euros numa obra localizada num espaço aéreo, por sinal, algo saturado de frequência de voos de e para os aeródromos existentes na área da grande Lisboa. Claro que ainda, em reforço de contradita, se poderia objectar com as nefastas implicações no meio ambiente e seus elevados custos.
Mais de anotar: um aeroporto (no Montijo) implantado numa zona de alto risco, sempre na iminência de ser destruído por um tsumani ou abalo sísmico. E daqui a 30 anos o aeroporto ficar submerso pela subida de nível das águas do oceano. A propósito, pergunto: que estudos estão efectuando o governo e as universidades para se conceber formas de enfrentar essa latente ameaça - com data aproximada já admitida pelos cientistas - a todo o litoral português?
Preocupado, interrogo-me: nenhuma entidade responsável da governação nacional tem o discernimento de avaliar a forte possibilidade de se irem gastar milhões de euros numa obra (aeroporto do Montijo) que, a qualquer momento, pode ser destroçada e assim se perder um avultado capital tão necessário para prioritárias aplicações num Portugal bastante empobrecido.

Enfim, numa nação abúlica, desconfeita e perdida, sem rumo :
ELES MUITO GASTAM E DESGASTAM
MAS NINGUÉM LEVANTA A LEBRE…
E LOGO DIGA E PROCEDA: BASTA!

Nota pertinente,
Hoje perfaz 264 anos sobre a data fatídica do terramoto de Lisboa. Haja a noção de que, segundo os cientistas, haverá em Lisboa repetição de tal calamidade. É uma certeza! Só que não é possível prever o dia em que isso acontecerá. Daí que seja importante motivo porque tenho advogado que, em Lisboa, devia prevalecer o cuidado de manter em bom estado o que existe; coincidindo com a cautelar abstenção de grandes investimentos; pois que de-repente tudo pode redundar em destruição maciça. Uma das zonas mais atingidas será a baixa pombalina. 
Aliás, prevejo que vai existir um Marquês de Pombal que, face à tragédia ou na previsão dela, ditará a transferência da capital para o centro de Portugal. Como fez Juscelino Kubitschek de Oliveira com a criação de Brasília.