VERDADE INQUESTIONÁVEL.QUE URGE RETER
RICOS E PODEROSOS NÃO SÃO DEMOCRATAS
MAS COSTUMAM BASTANTE FINGIR QUE O SÃO
Brasilino Godinho
Os ricos e poderosos não são
povo. Constituem uma excrescência no corpo social da nação. Portanto, não
sendo, nem o desejando ser, sequer terem aproximação e convivência, não podem,
não devem, nem têm legitimidade para se arrogarem a condição de povo. Por
inerência das suas condições de poder, de riqueza, de influência, e até de conjugação
de interesses de classe – repete-se: não sendo povo, não são, naturalmente,
democratas. Democracia é até para eles factor de repulsa do regime que se
arroga essa prerrogativa de política nacional. Pois que a Democracia é governo
do povo, pelo povo e para o povo. Tenha-se esta determinação bem viva nas
nossas mentes.
Dando-se a circunstância de
envolvimentos dos ricos e poderosos no regime democrático, isso significa que a
hipotética Democracia está infiltrada por modernos e sofisticados cavalos-de -Tróia
que visam obstinadamente desacreditá-la, bloqueá-la e destruírem-na. É
precisamente o que está acontecendo em Portugal. Tal estado de coisas devia
suscitar profundo alarme público e vigorosa reacção da parte sã da sociedade
portuguesa.
O povo rapidamente deve tomar
consciência de que os partidos são financiados à sorrelfa pelos “donos disto
tudo”, indivíduos ricos e poderosos, os “senhores cinzentos de que falava o
ex-ministro, político e professor universitário, António de Sousa Franco. Daí
resulta que os partidos passam a ser os testas-de-ferro dessa gente e o que se
aventava como democracia esvai-se como nevoeiro numa manhã de verão.
Em contraposição, aí temos
instalada, próspera, insolente, malcriada, mentirosa, exploradora, autoritária,
agressiva e ofensiva da dignidade da pessoa humana e da sua inteligência e
acintosamente manipuladora da chamada opinião pública, a repelente ditadura da PARTIDOCRACIA;
a qual, recorrendo a incríveis expedientes de esperteza saloia,
avassaladoramente subverte a política e possibilita, melhor dizendo, faculta
aos seus tutores (ricaços e poderosos) o domínio da sociedade, da administração
pública e da economia nacional. A nação fica refém, inteiramente bloqueada na
liberdade e subjugada pelas castas que, efectivamente, são “donas disto tudo” -
o que se traduz na generalizada desgraça que, sobremodo, atinge a maioria de
uma lusa população desprezada, amordaçada (pela censura e comunicação social) e
constantemente vilipendiada.
É tão absurdo, em Portugal,
acreditar: quer nos pregoeiros que se entretêm a palrar sobre a “democracia”;
quer nela mesma, porque sujeita na específica condição de manipulada e
explorada pelos clãs que a tutelam com autoritarismo e sanha – como admitir que
qualquer dia veremos o Diabo no Rossio, Terreiro Paço e Avenida da Liberdade,
em Lisboa, a pregar o Evangelho de Cristo e a louvar Deus…
Embora… se anteveja que tal
acontecimento agradaria aos veneráveis irmãos que nos modernos, sombrios,
templos de Salomão adoram o Supremo Arquitecto do Universo.
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