Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, março 29, 2019


MEU NÃO COMENTÁRIO,
QUE É UMA EXALTAÇÃO…

A GOVERNAMENTAL CONGREGAÇÃO FAMILIAR

Brasilino Godinho

Quem me conhece de ginjeira sabe que não sou animal racional de ir ao sabor das ondas ou de ser influenciado por oportunismos e modismos.
Quando se formou o actual governo surgiu de imediato uma corrente de opinião muito crítica quanto à sua intrínseca natureza familiar. Esta, era caracterizada como um fenómeno nacional a suscitar geral repugnância.
Na altura, critiquei o referido fenómeno e terá parecido, a alguma malta aguerrida, que estava indo navegando à tona da maré emergente.
Não foi o caso! Embora admita que não dispensei suficiente cuidado, nem tive rigoroso discernimento na avaliação do insólito figurino do colégio governamental.
Entretanto, ponderei a necessidade de rever a minha análise tendo em vista aclarar a delicada questão… embora não renegando a minha anterior posição e que é do domínio público.
Aqui e agora, venho expor os termos dessa análise.

Desde logo, como ponto de partida, temos de considerar que a família é um agregado de pessoas ligadas por parentesco, por afinidade, por adopção, ou com origem, ocupação ou outra característica em comum – segundo a definição semântica do termo.
A seguir, a FAMÍLIA - que podemos designar como instituição familiar - está na sociedade portuguesa bastante maltratada e tem vindo a ser desvalorizado o seu importante papel na educação das novas gerações e na harmonização e coesão sociopolítica da nação portuguesa.
Por tudo isso urgia que a nível do Poder Central algo se fizesse tendente a reforçar a benéfica influência da Família na comunidade nacional, ao compasso do tempo que prosseguimos na vivência quotidiana. Dito de outro modo: tornara-se imperioso que o Poder Central, representado na figura do chefe de Governo, Dr. António Costa, se orientasse e procedesse segundo o velho ditado: “não deixar para amanhã, o que pode ser feito hoje”.
Apesar do atraso com que agiu nessa conformidade, o Dr. António Costa, decerto que em boa hora desperto para a problemática questão da Família e pela suprema razão de, naturalmente, se aconchegar no remanso da companhia de pessoas da sua inteira confiança, sabiamente resolveu transformar o Governo numa GOVERNAMENTAL CONGREGAÇÃO FAMILIAR – sensatamente omitindo, na designação, o termo de socialista para não ferir susceptibilidades conotadas com as formações partidárias da oposição. O que releva de louvável precaução democrática…

Factores que credibilizam a CONGREGAÇÃO

Em primeiro lugar, há que assinalar a coesão e a harmonia familiar do colégio governamental, resultante do somatório das harmonias e coesões das unidades familiares que o constituem.
Em segundo lugar, é suposto que a produtividade dos ministros, secretários e subsecretários de Estado, seja muito maior, dados os contactos permanentes que os familiares têm todos os dias; sobretudo, ao levantar, ao deitar, a todas a refeições e nas camas (se casais, antes de dormir) – o que permite o aprofundamento dos termos de relacionamento intergovernamental e de asserto dos pormenores das medidas e leis gizadas pelos ministérios.
Em terceiro lugar, a poupança de gastos correntes de: publicidade promocional de ministros e secretários de Estado postos à compita de protagonismo; electricidade; telefones; transportes entre ministérios e locais de exibições folclóricas e inaugurações mais ou menos espaventosas; papelada; lanches e bebidas consumidas durante os enfadonhos e, por vezes, acalorados conselhos de ministros que, eventualmente, passarão a ser mensais, visto que a toda a hora se irão sucedendo minis-conselhos de ministros.
Conclusão: face ao exposto se intui que da surpreendente e inspirada ideia do Dr. António Costa (a GOVERNAMENTAL CONGREGAÇÃO FAMILIAR), certamente resultará uma promissora actividade funcional, com assinalável repercussão pedagógica, tendente à revalorização da FAMÌLIA. Igualmente, conseguida uma efectiva e substancial superprodução governamental - jamais registada nos anais da governação nacional; seja ela considerada em época da república ou em tempos da monarquia que Deus-haja… a qual, Sua Divina Criatura, conserve afastada do convívio dos portugueses ad perpetuam

Aqui expressa a exaltação de Brasilino Godinho à GOVERNAMENTAL CONGREGACÃO FAMILIAR.