MEU NÃO COMENTÁRIO,
QUE É UMA EXALTAÇÃO…
A GOVERNAMENTAL
CONGREGAÇÃO FAMILIAR
Brasilino Godinho
Quem
me conhece de ginjeira sabe que não sou animal racional de ir ao sabor das
ondas ou de ser influenciado por oportunismos e modismos.
Quando
se formou o actual governo surgiu de imediato uma corrente de opinião muito
crítica quanto à sua intrínseca natureza familiar. Esta, era caracterizada como
um fenómeno nacional a suscitar geral repugnância.
Na
altura, critiquei o referido fenómeno e terá parecido, a alguma malta
aguerrida, que estava indo navegando à tona da maré emergente.
Não
foi o caso! Embora admita que não dispensei suficiente cuidado, nem tive
rigoroso discernimento na avaliação do insólito figurino do colégio
governamental.
Entretanto,
ponderei a necessidade de rever a minha análise tendo em vista aclarar a delicada
questão… embora não renegando a minha anterior posição e que é do domínio
público.
Aqui
e agora, venho expor os termos dessa análise.
Desde
logo, como ponto de partida, temos de considerar que a família é um agregado de
pessoas ligadas por parentesco, por afinidade, por adopção, ou com origem,
ocupação ou outra característica em comum – segundo a definição semântica do
termo.
A
seguir, a FAMÍLIA - que podemos designar como instituição familiar - está na
sociedade portuguesa bastante maltratada e tem vindo a ser desvalorizado o seu
importante papel na educação das novas gerações e na harmonização e coesão
sociopolítica da nação portuguesa.
Por
tudo isso urgia que a nível do Poder Central algo se fizesse tendente a
reforçar a benéfica influência da Família na comunidade nacional, ao compasso
do tempo que prosseguimos na vivência quotidiana. Dito de outro modo: tornara-se imperioso que o Poder
Central, representado na figura do chefe de Governo, Dr. António Costa, se
orientasse e procedesse segundo o velho ditado: “não deixar para amanhã, o que
pode ser feito hoje”.
Apesar
do atraso com que agiu nessa conformidade, o Dr. António Costa, decerto que em
boa hora desperto para a problemática questão da Família e pela suprema razão de,
naturalmente, se aconchegar no remanso da companhia de pessoas da sua inteira
confiança, sabiamente resolveu transformar o Governo numa GOVERNAMENTAL
CONGREGAÇÃO FAMILIAR – sensatamente omitindo, na designação, o termo de
socialista para não ferir susceptibilidades conotadas com as formações
partidárias da oposição. O que releva de louvável precaução democrática…
Factores
que credibilizam a CONGREGAÇÃO
Em
primeiro lugar, há que assinalar a coesão e a harmonia familiar do colégio
governamental, resultante do somatório das harmonias e coesões das unidades
familiares que o constituem.
Em
segundo lugar, é suposto que a produtividade dos ministros, secretários e
subsecretários de Estado, seja muito maior, dados os contactos permanentes que
os familiares têm todos os dias; sobretudo, ao levantar, ao deitar, a todas a
refeições e nas camas (se casais, antes de dormir) – o que permite o
aprofundamento dos termos de relacionamento intergovernamental e de asserto dos
pormenores das medidas e leis gizadas pelos ministérios.
Em
terceiro lugar, a poupança de gastos correntes de: publicidade promocional de ministros e secretários de Estado postos
à compita de protagonismo; electricidade; telefones; transportes entre
ministérios e locais de exibições folclóricas e inaugurações mais ou menos espaventosas;
papelada; lanches e bebidas consumidas durante os enfadonhos e, por vezes,
acalorados conselhos de ministros que, eventualmente, passarão a ser mensais,
visto que a toda a hora se irão sucedendo minis-conselhos de ministros.
Conclusão:
face ao exposto se intui que da surpreendente e inspirada ideia do Dr. António
Costa (a GOVERNAMENTAL CONGREGAÇÃO FAMILIAR), certamente resultará uma promissora
actividade funcional, com assinalável repercussão pedagógica, tendente à
revalorização da FAMÌLIA. Igualmente, conseguida uma efectiva e substancial superprodução
governamental - jamais registada nos anais da governação nacional; seja ela
considerada em época da república ou em tempos da monarquia que Deus-haja… a qual,
Sua Divina Criatura, conserve afastada do convívio dos portugueses ad perpetuam…
Aqui
expressa a exaltação de Brasilino Godinho à GOVERNAMENTAL CONGREGACÃO FAMILIAR.
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