PÃO, PÃO,
QUEIJO, QUEIJO.
NEM PRESUNÇÃO,
NEM ÁGUA BENTA
Capítulo V
NEM PRESUNÇÃO,
NEM ÁGUA BENTA
Capítulo V
Brasilino
Godinho
Os meus amigos e leitores atentos
às minhas crónicas já se terão apercebido que Brasilino Godinho não se confunde
com zé pacóvio que vai com os outros (tal como acontece com “maria que vai com
as outras”). Pensa e age conforme ser pensante responsável, que cultiva a
independência e apurado espírito crítico. E tem a particularidade de inovar e
adoptar procedimentos linguísticos (e não só desta natureza) muito seus que,
porventura, nalguns casos, estarão em desconformidade com aquilo que é habitual
nos órgãos de comunicação social.
Para além do ineditismo,
manifesto ocasionalmente no tratamento de textos, sobretudo se notará a
prevalecente ironia, a insinuante metáfora e a implícita subtileza da linguagem;
um todo conteúdo literário que, bastantes vezes, passará despercebido a quem se
limita a fazer leituras rápidas ou superficiais, alheando-se da essência e do
contexto das matérias contempladas nas minhas peças escritas. Em cujas, sempre
pretendo imprimir algum cunho literário, ao alcance do meu peculiar engenho e
arte – se tal prerrogativa me é reconhecida por quem desses atributos tem
elevada dose de proficiência.
Por exemplo e relativamente a
maneiras de proceder, exponho uma iniciativa de marcante significação: quando
em Dezembro de 2004, editei A QUINTA
LUSITANA fiz uma coisa nunca vista em Portugal. A obra contém citações
referentes a 80 individualidades. Pois, antes de os livros serem colocados nas
bancas tive o cuidado de as prevenir de que na obra eram mencionadas e (ou)
criticadas. Não conseguindo obter os endereços postais e telefónicos de 18
individualidades procedi à publicação (como anúncio) de um AVISO em dois jornais
de Lisboa e no Diário de Aveiro, em que lhes dava informação de estarem os seus
nomes inseridos na obra A QUINTA
LUSITANA.
Ocupei muito tempo na busca dos
endereços postais e telefónicos e gastei uma pipa de massa. Por sinal, gasta por quem manifestamente era (e
continua sendo) algo carecido de meios financeiros.
Ainda anotando a norma que me
orienta de nas críticas não ser insultuoso, cingindo-me aos procedimentos e às
responsabilidades que lhes são inerentes, recordo um postal recebido de uma
alta personalidade deste país (não foi Mário Soares) já falecida - a pessoa
mais vigorosamente criticada na obra A
QUINTA LUSITANA - que escreveu: “ser criticado como sou no seu livro é
quase agradável”.
Tudo isto ora escrito como
introdução ao Capítulo VI da crónica que tenho vindo a publicar e no qual
incluirei um QUADRO DE HONRA
contendo uma lista de nomes de entidades às quais dispenso a maior consideração
e que deram importante contribuição nas formaturas académicas (de licenciado e
doutorado) de Brasilino Godinho. Também as que mais se evidenciaram nas
felicitações que me dirigiram pelos êxitos do meu percurso académico. Um quadro
que irei guardar em perene memória até ao derradeiro momento da minha vida.
Porém, se elaboro um quadro de
honra do meu agrado e correspondendo a realidades que me são muito caras; não
devo, não posso, nem quero, por coerência que muitíssimo prezo e em respeito do
povo português e benefício da causa do Ensino e da Educação, olvidar a
contraposição reflexa noutras acintosas realidades que não devem ser ignoradas
ou escamoteadas. O que será inscrito num QUADRO
NEGRO.
Dois quadros: Quadro de Honra e Quadro Negro que se poderão considerar embutidos numa moeda: em que
numa face (a positiva e agradável) está o Quadro
de Honra e na outra (a negativa e desagradável) está o Quadro Negro.
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