53. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
23. de Dezembro de 2017
BRASILINO GODINHO
23. de Dezembro de 2017
MISTÉRIO
SOBRE A INDEPENDÊNCIA DA CATALUNHA
ELES NÃO ENTENDEM… OU NÃO QUEREM?
OU NÃO PODEM? OU NÃO LHES AGRADA...
Hoje, 22-12-2017, Presidente da República, Primeiro-Ministro e Governo,
lançaram comunicados em que afirmam confiar que haja solução governativa para a
Catalunha no quadro das instituições constitucionais, preservando a soberania
de Espanha.
Questiono: Que têm autoridades superiores da hierarquia da República
Portuguesa que meter bedelho, a nível oficial, sobre um problema
intrinsecamente da Monarquia de Espanha? Pior ainda: confiarem na preservação
da soberania de Espanha. Quem lhes encomendou
o sermão para se pronunciarem em representação da nação portuguesa? A qual,
decerto não se conforma que, em contraposição ao interesse nacional, os nossos
governantes prossigam a incrível política de abandono com que têm contemplado a
continuidade da apropriação de Olivença por parte da Monarquia de Espanha,
desde o Tratado de Viena de 1815.
Elas, as referidas autoridades, procederam de forma subserviente e como
se estivessem a advertir o poder espanhol: O Estado espanhol mantenha-se firme!
Não aceite a independência da Catalunha. Porque se ela acontecer, outros
portugueses vão exigir a devolução da soberania de Olivença a Portugal. E quem
o avisa, bem lhe quer…
Preto no branco: entidades portuguesas tão dedicadas na defesa das
posições de Mariano Rajoy e da monarquia espanhola quanto à sujeição da
Catalunha, dão-nos a ideia de que será por essa determinante, esquisita, defesa,
que também aceitam a dominação de Espanha sobre o território português de
Olivença, visto que se prevalecem do sentimento de preservação da soberania de
Espanha, conforme ao preceito constitucional da monarquia espanhola. Este, um conceito de uma detestável coerência que devia merecer o
repúdio generalizado dos portugueses.
Relembro o que o General Francisco Franco disse no seu leito de morte:
os portugueses são cobardes.
E reitero: Recuso-me a aceitar esta depreciativa e injuriosa observação do ditador
Franco.
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