VENERANDO
PRESIDENTE CAVACO SILVA DORME
E…
CLARO QUE
NÃO TEM OLHOS PARA A REALIDADE.
Presidente dorme. Como se apelasse: deixem-me
dormir! E sonhar…
Brasilino Godinho
09/12/2015
O
Presidente da República, Cavaco Silva em declarações à imprensa, em
circunstância da visita do presidente irlandês Michael Higgins, falou em termos
do mais apurado estilo cavacal.
Repare-se
nestas pérolas que acrescentarão a grande colecção perolífera de Cavaco Silva:
01. "Nós invejamos a taxa de
crescimento económico que recentemente a Irlanda tem vindo a alcançar. Quando
ouvimos falar em 5 ou 6 por cento de crescimento económico, não há país na
União Europeia que não tenha inveja da Irlanda", declarou, citado
pela Lusa. (Nossa observação: esta referência à Irlanda, deve ter deixado
atónito o presidente irlandês).
Cavaco Silva, pelos vistos, é possuído do
sentimento (ou do ressentimento?) de inveja.
Mas isso não lhe confere o direito - melhor
dizendo, a ousadia e extravagância - de o generalizar à nação portuguesa ou a
outros países da União Europeia.
Pelo que o sujeito nós tem de ser tido em tom majestático de que, aliás, é persistente
utilizador nas suas singulares bocas.
Até porque a inveja é um mesquinho estado de alma próprio
de espíritos inferiores.
02. O Presidente disse-se
"convencido que depois de termos conseguido alcançar uma saída limpa do
programa de ajustamento e de ter regressado aos mercados, com taxas de juro
bastante favoráveis, Portugal está no caminho certo e eu espero que mantenha
essa trajectória de crescimento económico e criação de emprego".
Termos conseguido saída limpa do programa de ajustamento
e de ter regressado aos mercados com taxas de juro bastante favoráveis?
Cavaco Silva deve estar convencido de que
descortina deslumbrantes miragens no deserto das suas ideias, enquanto voa
entre nuvens sobre o oásis do Cavaquistão.
Haja uma alma caridosa que o desvie dessas aéreas andanças
estrambólicas.
É que a alegada saída, nada teve de limpa. E foi
dramaticamente suja pelas destruições operadas a vários níveis e sectores da
sociedade portuguesa. Pior, ainda: muitos cidadãos portugueses pereceram,
vítimas dessa terrível operação política de generalizado empobrecimento;
enquanto uma minoria bem se governou à custa dos sacrifícios impostos a milhões
de portugueses.
Se nos indicadores financeiros e económicos ocasionalmente,
durante 2015, se notaram algumas ligeiras melhorias, isso se deveu às
intervenções do Banco Europeu e a ocasionais evoluções favoráveis na Europa e
nos Estados Unidos da América.
Portugal no caminho certo? Nos últimos 4 anos esteve
no caminho errado. Nesta semana vieram a público dados do Instituto Nacional de
Estatística, do Banco de Portugal e do Eurostat, que indicam a estagnação
económica e o estrangulamento financeiro a apontar: quer para a impossibilidade
de diminuir o défice, quer para o aumento da dívida.
Portanto, está feita demonstração da via errada
seguida pelo governo da coligação PaF e comprometida a recuperação das finanças
públicas.
A herança da doutrina de Cavaco, Coelho e Portas é
uma calamidade por que deixou um rasto de misérias, desgraças e incertezas, na
nação portuguesa.
E quanto à sua desejada espera de mantença da fantasiosa trajectória de progresso nos
moldes cavaquistas, melhor seria que Cavaco fosse dar uma volta ao bilhar grande. Talvez ela lhe propiciasse
oportunidade para arejar a cabeça pensadora. Admitindo que tal decorrência
ainda lhe está ao alcance…
Enfim, como mostra a foto anexa, Cavaco Silva
parece ser um dorminhoco compulsivo e o que disse terá sido um sonho que lhe
ocorreu enquanto esteve envolvido num agradável amplexo de Morfeu…
Sublinhando, diga-se: percalços que sucedem a quem,
imaginando viver no seu adorado Cavaquistão, se deixa, frequentemente, cair nos
braços de Morfeu e deslumbrar-se com as patéticas fantasias concebidas em
delirantes sonhos…
Desgraça
maior foi a de os indígenas portugueses terem sido as vítimas de tão nefastas
divagações, tremendas fantasias e desastradas perspectivas, que, precedendo
programa estabelecido em sede governamental, deram traduções em formas trapezistas,
grotescas e maldosas, nos espectáculos de folclore político exibidos no circo
montado em Lisboa pela trupe artística de Passos Coelho e Paulo Portas.
Post
Scriptum Há instantes tomámos
conhecimento de uma noticia transmitida pela agência LUSA, de que transcrevemos
a parte inicial:
“O
Conselho Social e Económico das Nações Unidas (CES-ONU) considera que a ajuda
externa teve um "impacto adverso" nos direitos económicos, sociais e
culturais em Portugal, defendendo o progressivo abandono das medidas de
austeridade com a recuperação económica.”
Preto
no branco! Em total concordância com a condenação que temos feito quanto à
famigerada e obscena austeridade. Igualmente, contrariando as sentenças de Cavaco Silva e as nocivas
práticas de governança da dupla Passos Coelho e Paulo Portas
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