DOIS REGISTOS sobre
factos REPULSIVOS
Brasilino Godinho
26 de Novembro
de 2015
01. Primeiro registo: Acto incoerente e
repulsivo.
António
Costa, hoje, no discurso de posse do governo que chefia e na parte final, fez
um rasgado elogio de Passos Coelho como chefe do anterior governo. Muito para
além de mera saudação formal e de circunstância.
Aliás,
repetiu elogio feito in illo tempore
num jantar de empresários no Porto.
Desastradamente
borrou a pintura de um quadro que, até à fatal passagem oratória, se
apresentava compreensível, agradável, objectivo e susceptível de aprovação
generalizada.
Foi
uma declaração de extrema hipocrisia. E de desvalorização de si próprio. Também
muitíssimo incoerente.
António
Costa andou largos meses a acusar o governo da coligação e Passos Coelho de
estarem a prosseguir uma política de desgraça nacional e de empobrecimento da
população – desgraça nacional e empobrecimento que são verdades inquestionáveis.
Essa
foi até a evocada razão de ter sido rejeitada a coligação PaF (do PSD e do CDS),
pela maioria de deputados na Assembleia da República. E muitas vezes António Costa
afirmou que tinha sido rejeição manifestada pela maioria do eleitorado, no p.p.
dia 04 de Outubro.
Afinal,
políticas condenáveis de Passos Coelho, tidas como factor decisivo de ele
(António Costa) estar ali a discursar na qualidade de novo primeiro-ministro.
Então
onde está a seriedade de ali, na circunstância, dar o dito por não dito?
Com
aquela saudação bajuladora a Passos Coelho desautorizou-se e praticou uma
insanável contradição de si mesmo e da investidura no alto cargo da governação.
Enfim,
mais uma acha para a fogueira onde começa a crepitar a chama da dúvida quanto à
credibilidade do novo governamento.
02. Segundo registo: Ameaças e chantagem
da Comissão Europeia.
A
Comissão Europeia é constituída por gente do Partido Popular Europeu, afim do
PSD e de Passos Coelho e não perde oportunidade de manifestar o seu desagrado (até
hostilidade) pela posse do governo do PS.
À
mesma hora em que decorria no Palácio da Ajuda, em Lisboa, a cerimónia de posse
do governo PS, estava em Bruxelas um comissário europeu a fazer ameaças aos
governantes portugueses relativamente a hipotéticos incumprimentos das normas e
imposições da Comissão Europeia. E mais disse que vai contactar, de imediato, o
ministro das Finanças para averiguar qual é a política seguida pelo actual
governo no capítulo das finanças públicas e na aceitação das determinações da Comissão
Europeia. Atribuindo-se prerrogativas de inspector policial.
É
um procedimento de chantagem, violador de elementares regras diplomáticas.
Asqueroso! Inqualificável!
António Costa apondo a sua assinatura no auto de
posse.
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