VEM
AÍ BORRASCA!
UM
GOLPE DE ESTADO, CHEFIADO POR CAVACO
Brasilino Godinho
18 de Novembro de 2015
Nuno Amado, o primeiro banqueiro
recebido hoje de manhã pelo presidente Cavaco, manifestou à saída da audiência
presidencial que estava confiante que iria haver governo merecedor de confiança
(pelo que, como se sabe, no que toca a confiança dos banqueiros, ela coincide sempre
com a da criatura presidencial). Branco é galinha o põe. Mais uma indicação de que
- apresentadas as directrizes da Banca – resta a Cavaco dar-lhes cumprimento.
Aliás, a decisão de Cavaco está
assumida e vai no sentido que se vislumbrou logo a seguir às eleições de 4 de
Outubro e que vem sendo insinuada no dia-a-dia de Cavaco Silva e Passos Coelho.
Chegadas as coisas ao tenebroso
ponto actual, importa sermos claros.
Isto é, preto no branco:
O cenário obsceno e a grosseira
peça de teatro de pacotilha que estão montados no pátio das cantigas patéticas (por
sinal, cada vez mais entoadas pelo finório coro dirigido pelo grande-maestro
Cavaco Silva), sito na área central da desinformação pública e de invulgar
manipulação política, que funciona no Palácio de Belém; dá azo à premente
necessidade de que, sem papas na língua, se exponha a perturbadora realidade:
está em curso - para além da fantochada, do espectáculo folclórico,
dos deprimentes exibicionismos cavacais, das encomendadas opiniões dos comentadores
avençados dos jornais e das televisões e das palavrosas incoerências de Marcelo
Rebelo e Sousa - um golpe de Estado
presidencial.
Dêem-lhe o nome que quiserem, mas
a inequívoca situação é a do golpe que Cavaco Silva está tramando no tempo que
vai decorrendo desde a rejeição do governo de Passos Coelho por parte da
Assembleia da República.
Tudo o que se disser em contrário
é conversa da treta para iludir os portugueses e levar à consolidação dos
interesses de uma minoria que abancou com avidez à mesa do ORÇAMENTO.
Além de que as clientelas do PSD
e do CDS, e as rapaziadas que, aos milhares, se instalaram nos gabinetes ministeriais
e nas instituições estatais, são o esteio da golpada e estão nela envolvidas
com todas as forças de que dispõem. Sobremodo, medrosas, de cabeça perdida e empenhadas numa
desesperada luta em prol da manutenção dos grandes tachos que lhes foram
oferecidos pelo triunvirato Cavaco, Passos e Portas.
Assim, estão sendo programados: o
caos e uma grande convulsão social.
Por que com o golpe de Estado do
presidente Cavaco, vem aí bordoada de criar bicho…
Cavaco é já o coveiro maior da
nação portuguesa.
Quem tiver barbas, que as ponha
de molho…
Cavaco, sôfrego,
obstinado: tirem o cavalinho da chuva! Enquanto eu tiver o bolo na mão,
ninguém
mo tira a mim, nem aos meus compinchas…
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