AVISO
ENCERRAMENTO (temporário)
DO 'QUIOSQUE' (virtual)
O ‘quiosque’ é pertença de Brasilino
Godinho.
01.
Tem sido através deste estabelecimento virtual, dotado de postos de
visualização espalhados pelo éter, via Internet e pelas montras de exposição pública,
disseminadas por órgãos da Comunicação Social, sediados em Portugal e no
estrangeiro, que temos vindo - com alguma regularidade – a 'vender o nosso
peixe' (devidamente amanhado, preparado e condimentado) recolhido na faina
diária exercida em pesqueiros, sitos no mar tenebroso da zona exclusiva
portuguesa, onde proliferam espécimes tão variados quanto o são: trutas de
opulentas texturas morfológicas, tubarões de grande porte e voracidade, lapas
de rígidas fixações às rochas, carapaus de corridas mui desordenadas, polvos de
inúmeros e grandes tentáculos, gaivotas bem nutridas exalando repugnantes
odores, corvos de maus agouros e andorinhas de largos voos rasantes que, às
vezes, causam vertigens a desprevenidos pescadores actuando em águas turvas. Ocasionalmente
surge, ameaçadora, a águia do Benfica. Pelas margens do Tejo e suas redondezas,
passeiam-se alguns leões que se julga estarem domesticados e detentores de
certificados de origem e se supõe virem do circo instalado no Terreiro do Paço.
Causa espanto a confraternização que ocasionalmente se estabelece entre esta
bicharada e os camaleões pachorrentos que se aventuram a atravessar as avenidas
de Lisboa.
De
assinalar, a invulgar circunstância de - no troço do mar costeiro,
excessivamente poluído e que nos provoca o que designamos por sistémico enjoo,
- se ver com intrigante frequência nas proximidades da Torre de Belém, um escanifrado
cavaco inactivo, pousado sobre portas, qual prancha flutuante à deriva, na
companhia dum coelho cinzento (que se conjectura ter caído ali de pára-quedas),
pouco simpático, que nos olha de soslaio, parecendo que vai chispar fogo e como
se a qualquer momento, com arrogância, rancor, colérico e ar ameaçador, nos
obrigasse a ‘fugir a sete pés’. E, sem
alternativa de abrigo ou defesa, ‘darmos
às de vila diogo’ enquanto gritávamos bem alto: VADE RETRO, SATANA!!!
02.
Em tempo não muito distante Brasilino Godinho informou os seus leitores de que,
por motivos do foro íntimo e de consequente força maior, interrompia a
actividade de cronista.
Entretanto,
imperioso dever cívico de solidariedade para com o povo de que é ínfima parte,
obrigou-o a dedicar tempo e atenção a factos e acontecimentos da maior
gravidade relacionados com a fauna piscatória, como está referido no ponto 01.
03.
Dados esses modestos contributos à sociedade é, agora, altura inadiável de Brasilino
Godinho se dedicar em regime de exclusividade a prementes tarefas de índole
muito pessoal.
A
partir de hoje, Brasilino Godinho, até final de 2015, encerra o 'quiosque'.
Brasilino Godinho
Nota
marginal
Porém,
até ao fim do ano em curso o que vier a transmitir de crónicas aos meus
leitores cingir-se-á a peças escritas antigas; as quais vêm à minha lembrança
através dos acessos ao arquivo do meu blogue:
Acessos
feitos por leitores residentes em Portugal e em vários países estrangeiros (por
vezes, fico surpreendido com algumas crónicas de que nem me recordava).
Transmissões
que irei fazendo esporadicamente.
Pelas
únicas razões que enumero:
-
de assim manifestar a minha grande consideração pelos milhares de leitores que
há dezenas de anos me honram com o acolhimento que dispensam às minhas crónicas
e livros editados;
-
de não acabar com os contactos – o que corresponde a não desiludir os fiéis leitores;
os quais se contam por um elevado número de milhares;
-
de dar curso ao propósito de corresponder às solicitações para que mantenha a
chama viva da luta pela regeneração do País;
-
de, nessa perspectiva de interesse nacional, trazer à colação matérias de
relevante importância e de persistente actualidade;
-
de evidenciar o devido respeito que me devo a mim próprio, continuando a pugnar
por ideais em que acredito e que extravasam o âmbito pessoal e assentam firmemente
nos patamares mais elevados da construção do bem-estar e harmonia da
Humanidade.
Resumindo:
Não quero! Não posso! Nem devo! Perder os contactos com as minhas leitoras e os
meus leitores.
A
todos, estimadas leitoras e caros leitores, dou-vos um abraço amigo.
Brasilino Godinho
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