Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, março 05, 2015



PASSOS COELHO, ‘condenado’
EM TRIBUNAL DE ‘segunda instância’

Brasilino Godinho

Rezam as crónicas de maldizer e por bem julgar, conservadas em memórias de muitos portugueses, que Passos Coelho - precedendo um laborioso processo de popular instrução e divulgação (não condicionada, nem sujeita a segredos de justiça mal administrada) de graves irregularidades de âmbito pessoal e de mui desastrosos Passos de sua perdição individual associados a avantajados danos colectivos (da sociedade portuguesa), dados no decurso do transviado desempenho das funcionalidades governativas – tem sido, ao compasso do tempo, inapelavelmente condenado no tribunal de primeira instância: o tribunal da opinião pública.
Há dias, deputados socialistas requereram na Assembleia da República a abertura de um inquérito para apuramento das responsabilidades de Passos Coelho concernentes aos denunciados ilícitos ou irregularidades, ultimamente noticiados nos jornais e televisões.
Imediatamente se constituiu um pequeno e seleccionado tribunal, no seio da Assembleia, maioritariamente constituído por membros da maioria parlamentar. E sem ter havido qualquer instrução processual este improvisado tribunal, de mal-amanhada segunda instância, deliberou indeferir o requerimento, não permitindo a realização de qualquer inquérito sobre os estranhos procedimentos de Passos Coelho.
Pelos vistos e por suprema reserva de precaução quanto a eventuais efeitos devastadores do inquérito em sede da governança vigente, impôs-se aos deputados do clã PSD/CDS a necessidade de esconder as coelhais matérias incriminatórias de que o doutro tribunal parlamentar, talvez por portas travessas, se tornara conhecedor.
De uma expedita assentada os arregimentados juízes de paz coelhal acabaram com a presunção de inocência de Passos Coelho.
Dir-se-ia que os jovens juízes decidiram em causa própria, preocupados em pôr a salvo o seu mentor Passos Coelho e assim facilitar a prossecução da campanha eleitoral com vista à reeleição do grande chefe e às correspondentes continuidades das suas airadas vidas na Assembleia da República - república à qual chamaram-lhe um figo; e que, num mundo português de miséria moral e de penúria material, consideram a sua próspera “Quinta Lusitana”…  
Também numa reacção imediatista (confessamo-la, sem qualquer constrangimento), acudiram-nos ao espírito propósitos de classificar com adequados adjectivos o acontecimento, de modo que ficassem bem evidenciados perante o público os seguintes dados: o escândalo da decisão, a desvergonha do intento e a grosseira manipulação traduzida na obscura, patética, encenação de branqueamento da imagem da coelhal figura.
Porém, discernindo melhor a nebulosa que se nos deparava, concluímos que, afinal, o referido tribunal de segunda instância não se dando conta do verdadeiro alcance da imperativa negação do inquérito estava, de facto, a proferir uma sentença de inequívoca confirmação das acusações a Passos Coelho que se vêm sucedendo continuamente nos últimos anos.
Passos Coelho e seus comandados julgavam atribuírem-se um apetecível presente (embora envenenado) e acabaram por exarar uma sentença definitivamente condenatória. Saiu-lhes o tiro pela culatra!
Visto que todos sabemos que “quem não deve, não teme”.
Os deputados da maioria acabaram com as ilusões que ainda subsistiam nalgumas pessoas que lhes são mais próximas. Sem margens para dúvidas, vieram demonstrar que muito graves são as matérias factuais já denunciadas em público e que, eventualmente, outras não menos graves, ainda estão no segredo dos deuses da devoção de Passos Coelho.
Fica a impressão que o mencionado tribunal de segunda instância, instalado na Assembleia da República, liquidou o governante e político que há nome de Pedro Passos Coelho.
Afirme-se que: A BEM DA NAÇÃO1
(Como diria o falecido ditador Oliveira Salazar. Que, por sinal, não era um político anão, nem jamais foi confrontado com falcatruas fiscais… nem acumulou proventos com arrelvadas licenciaturas próprias ou alheias por si promovidas; sequer, angariou fortuna com numerosos e esquisitos, negócios e pouco transparentes administrações de empresas. Outrossim, nunca se comprometendo com suspeitosos relacionamentos com gente mafiosa ou pouco recomendável).

P.S. Hoje o gabinete do chefe do governo publicou uma nota que… “garante que está tudo regularizado”.
Como não haveria de estar? Se a sentença, a que aludimos, ainda não transitou em julgado.
Entretanto, por que num adulterado Estado sem vinculação efectiva ao Direito e à Justiça, a sentenciada criatura ainda não foi ‘dentro’… e vai folgando.