UMA
INCOMENSURÁVEL DESGRAÇA.
A
QUE ESTADO CHEGOU PORTUGAL!
Brasilino
Godinho
Sejamos
inequivocamente directos e precisos em matéria tão sensível e importante: a
POLÍTICA é nobre ciência (ou arte) que, forçosamente, tem de ter dimensão ética;
só devendo ser exercida por cidadãos respeitáveis, a quem se lhes reconheça
isenção e firme disposição de servir o bem comum, com activo repúdio do
indevido aproveitamento pessoal. Aos políticos e, sobretudo, ao chefe do
governo é imperioso que sejam pessoas competentes e de carácter irrepreensível.
E no domínio do exercício de funções governativas cabe aos cidadãos, a
inalienável obrigação cívica de serem exigentes; sem contemporizações para os
casos de incumprimentos das normas e de desrespeito pelos valores que regulam a
normal e sã vivência em sociedade.
Escritas
estas verdades comezinhas, atentemos sobre a actual situação de Portugal que é
um dos cinco países mais antigos da Europa.
Impressionam
e, sobremodo, incomodam os estados de degradação moral, ética e política e a
fixação, dir-se-ia endémica, dos analfabetismos primário, funcional e cultural,
a que se chegou em Portugal, que tornam possível o povo estar sujeito aos
passos de (des)governação de um Pedro Coelho, incrível chefe do governo, autoritário
e arrogante, que mente, mente, mente compulsivamente. E que se esquece,
esquece, esquece continuamente de cumprir obrigações básicas de cidadania e a
quem vão sendo atribuídos diversos actos deploráveis de ilicitude, de fugas aos
impostos e outros expedientes de menos lisura ética. E, sobretudo, que
desgoverna o País, pôs de rastos a classe média e arrastou para a miséria, o
desespero e a fome, milhões de pessoas e as mortes de alguns milhares de
cidadãos sem-abrigo, reformados e idosos, carenciados de meios mínimos de
sobrevivência.
Temos
que, com a maior apreensão, nos interrogarmos: como é possível que ainda haja gente neste país que se mantém
indiferente ao dramático quadro que emoldura as nossas precárias vidas; ou que
aplaude um indivíduo, de coelhal formação identitária, que se constitui como
uma vergonha e desclassificação do país (que deveria superiormente representar
no cenário internacional) e um fautor de deseducação geral, de alienação de
indígenas analfabetos, de destruição do tecido socioeconómico e de
aniquilamento de Portugal?
Como
admitir a permanência de tão desqualificado indivíduo no alto cargo da
governação de Portugal?
Por
hipótese, a julgá-lo governando uma atrasada república dum obscuro mundo,
constituída por uma maioritária população de bananas? Porém, quem assim pensa e
a esse julgamento se resigna ou se acomoda por motivos inconfessáveis, de si dá
deprimente nota de desvario mental ou de demissão da sua cidadania.
O
corolário de tal exercício desagregador da sociedade e promocional da desgraça
colectiva que está associado à coelhal figura, leva a considerar a nível
interno e no contexto europeu que Portugal é um país do terceiro mundo que
tende a ser cada vez mais a ovelha ranhosa da modernidade.
Para
além desse juízo de avaliação - e como se tal fosse pouco de negra configuração
- também encontram-se por aí e na Europa, pessoas que, numa visão mais radical
daquilo que se passa entre nós, vão dizendo que Portugal é um país de eunucos.
Ou seja: de pessoas inúteis e incapazes de atitudes vigorosas e dignificantes
tendentes a restabelecer ordem e rigor na promoção e defesa da dignidade humana
que, aqui na periferia da Europa e agora em tempo de retorno a estádios de
regressão colectiva e de agressivo, violento, afrontamento ao cidadão, é
gravemente atingida e, sobremaneira, vilipendiada. Uma suprema vergonha e
desconsideração a que, afinal e infelizmente, estamos vulneráveis.
Por
tudo isso, começam a ouvir-se clamores no sentido da procura de um novo
condestável Nuno Álvares Pereira, salvador da Pátria. Se é que ele ainda vai
chegar a tempo de a renascer e de a colocar na posição de qualificada parceira
da Comunidade Europeia.
P.S.
Já se tornou asquerosa e insuportável de ouvir e ler a cínica expressão “estado
no limiar da pobreza” (há quatro anos repetida, constantemente, até à exaustão)
com que se tenta dourar a mortífera pílula e, de forma subtil, desavergonhada e
hipócrita, iludir a tenebrosa realidade da pobreza já prevalecente em largos
sectores da população portuguesa.
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