SATANÁS ESTÁ A VER-SE EM PALPOS-DE-ARANHA…
VINGANÇA DOS DEUSES BEM APLICADA
AO ESPÍRITO DAS TREVAS…
Brasilino Godinho
01. É impossível sentirmo-nos
na pele do Diabo. Verdade de Senhor De La Palice!
Mas tal certeira afirmação não nos inibe de
apercebermos que Satanás já se está confrontando com um diabólico dilema que
lhe dilacera o maligno espírito: hesita em escolher aposento para dois seres
humanos radicados em Portugal. O mafarrico pretende fazer a adequada,
selectiva, escolha por forma a bem instalá-los em melhor conforto ou pior
incomodidade, num apropriado lugar de eternas penitências, em conformidade com
as mui preenchidas credenciais de maldades de cada um dos grandes pecadores de
lusa proveniência. E procurando decidir com todos os requintes da sua perversa
malvadez - e alguma incrível bondade, passe a antinomia - visa mimoseá-los a
fogo cadente, no seu domínio; conhecido entre os terráqueos como Inferno.
Um, Cavaco, de sua graça nominal, ser de natureza
inorgânica. Mais explicitamente configurando: o ser de coisa nenhuma.
Outro, Coelho, possuído de uma desarmonia anatómica,
ser de impura natureza naturada. Mais explicitamente, configurando: o ser de
muitas coisas condenadas pelo senso comum e demasiado propenso à abusiva
prática de graves violações das leis estatais e das leis da natureza
concernentes à Moral, à Ética, à Liberdade, à Igualdade e à Fraternidade que
nos devemos uns aos outros, em imperativa obediência aos valores morais, aos deveres
cívicos e às normas democráticas.
02. O ser Cavaco associa a
particularidade de ter sido postado no trono presidencial do Palácio de Belém, pelos
discípulos da poderosa e influente Prelatura Opus Dei, de Josemaría Escrivá de
Balaguer y Albás (e beneficiando da complacente aceitação de alguns maçons), como
simples peça decorativa a que os mordomos e os serventuários palacianos, por
censurável desleixo, ou por lamentável esquecimento ou, talvez, por decorrência
de pelintrice monetária das finanças presidenciais, não deram umas pinceladas
de verniz que produzisse algum brilho no tosco objecto cavacal exposto,
descuidadosamente, sobre o cadeirão almofadado da presidência da República.
É uma esquisita anomalia que persiste e que tudo
indicia que só será corrigida quando a referida peça ornamental de inapreciável
representatividade, de restrita utilidade e de nula funcionalidade, for
removida para os caixotes do lixo da História de Portugal.
03. O ser, coelhal personagem
do rasteiro teatro/circo político de Lisboa, figura pequeníssima e
insignificante como membro da sociedade portuguesa, denota, persistentemente,
uma confrangedora, arrepiante, deficiente, formatação política, espiritual,
moral e cívica. É pessoa totalmente incapaz de reconhecer os seus erros.
Sejamos claros! É um caso perdido de mediocridade, de impreparação
governamental, de arrogância, e de desconformidade com os interesses nacionais.
04. Fixemos uma certeza: de
nada valerão a Passos Coelho - nos juízos diacrónicos da História e no campo e
tempo sincrónico da actual legislatura, onde se situam os ressentimentos dos
sacrificados, dos ofendidos, dos explorados, dos perseguidos e dos humilhados e
as pertinentes, credíveis, avaliações dos cidadãos sérios e descomprometidos
deste país - as pretensiosas e repulsivas lavagens de imagem com que,
jornalistas publicitários, avençados e alinhados em posições de serviço e apoio
à sua promoção pessoal, o pretendem branquear. Mais: as irrequietas meninas e
os fanáticos rapazes das jotas (do PSD e do CDS) que o presenteiam com beijos e
abraços e o aplaudem freneticamente nos patéticos comícios e festivos jantares de
vã glória e de caricato prestígio individual, tanto do seu agrado, devem ir
tirando o cavalinho da chuva, por que o ídolo que veneram é uma completa
nulidade política. E com pés de barro; a qualquer momento, vai desfazer-se
fragorosamente.
05. Anote-se, em forma de
elucidativa referência complementar, o seguinte: Passos Coelho informou uma
jornalista, no decorrer de uma entrevista publicada em tempo anterior à posse
do lugar de chefe do governo, que fez a recomendável preparação e aprimoramento
das suas faculdades de alma, em consonância com uma consequente,
extraordinária, formação doutrinária e sociopolítica; esta, alcançada através
da prática diária de jogar às cartas (tendo-se, mesmo, especializado na “jogo
da sueca”), na sede local (Vila Real) do PSD.
E dado que tinha esse tão invulgar e valioso
currículo de persistente assiduidade e devotada aprendizagem escolar, cívica,
ideológica e de experiência de vida em sociedade, facilmente adquiriu um tão
expressivo enriquecimento intelectual que, com a maior naturalidade e sem
esforço da sua privilegiada mente, acabou, por se instalar definitivamente no
partido alaranjado, com o aproveitamento pessoal que lhe possibilitou:
- a obtenção da literatura aos 37 anos de idade (e,
imagine-se! logo numa das universidades particulares de Lisboa que, como se
sabe, são muito exigentes na avaliação dos seus alunos… não devemos esquecer o
carácter paradigmático do caso da licenciatura arrelvada de Miguel Relvas; cujo
inquérito judicial foi um ar que lhe deu… e que, se bem lembramos, já passados
anos, se acha perdido algures, em parte incerta, sem haver notícias dos
resultados da investigação).
- a fantástica dupla ascensão (que dir-se-ia
incompatível com as leis da Natureza que regulam: quer uma normalizada
sociedade, quer um bem estruturado regime democrático) às chefias do partido e
do governo – o que releva importante alcance
de aproveitamentos pessoal e partidário; relativamente aos quais, nos três anos
da presente legislatura, Passos Coelho tem dado sobejas, multifacetadas e
concludentes provas; que, afinal, o consagram como uma altaneira águia que
paira esvoaçando no espaço sobranceiro ao extenso laranjal plantado na “Quinta
Lusitana”; quinta que - é forçoso assinalar - está sendo cultivada intensamente
e é explorada, com devotado oportunismo, o maior desaforo e de modo extensivo, pelos
usufrutuários quadros do PSD e do CDS… (As precedentes apreciações inseridas a
partir do n. 05, da “referência complementar”, são da autoria de Brasilino
Godinho. Aliás, nem seria de presumir que a imodéstia do predestinado chefe do
actual governo o levasse a ser tão categórico…).
06. Retrocedendo aos comícios
diremos que são espectáculos indecorosos. A que associam a limitação de serem fogos-fátuos.
Desde logo, por enfermarem dum pecado original: o do cego e extremamente
faccioso comprometimento partidário, qual irracional fidelidade clubista
mostrada nos estádios pelas rapaziadas das claques futebolísticas.
07. E a propósito desses bacocos
exibicionismos agarotados, do mais primário folclore político, cada vez mais
detestável e inconsequente, vem-nos à lembrança o que disse um conhecido
ex-dirigente e ex-vereador do CDS, na Câmara Municipal de Lisboa, quando era
presidente Nuno Krus Abecassis: “saio do
CDS porque não estou disposto para aturar a garotada que tomou conta do meu
partido.”
08. O grande drama que se
seguiu e persiste é que as garotadas se expandiram, por amaldiçoado contágio, a
outros clãs, se anicharam noutros partidos do chamado arco do poder e se
instalaram com espantosa insolência, grande exuberância, enorme irresponsabilidade
e inaudito despudor, em sedes do Poder, com os péssimos resultados de
desgovernação com que actualmente Portugal e a esmagadora maioria dos portugueses
estão confrontados.
Garotadas que não há maneira de ultrapassarem a sua
intrínseca e limitada condição e chegarem à idade adulta.
Portugal e os portugueses sofrem as consequências
decorrentes dessa terrível anormalidade.
Fim
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