Tamanha
jactância!
E
que pesporrência!
Presunção
tomou-a Durão Barroso.
Água benta (inquinada,
de sabor alaranjado) tomou-a do grande sacerdote do templo da
adoração cavaquista, o amigo Aníbal.
Brasilino Godinho
Aqui,
no texto que se segue, está estampada a trapaceira funcionalidade do
circo político que se exibe no reservado espaço dos festivos
passatempos da alta-roda lisboeta.
Leia-se:
“O ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel
Durão Barroso afirmou hoje que "o reconhecimento" de
Portugal, através da condecoração entregue pelo Presidente da
República, significa que "foi correcta a decisão" que
tomou de deixar o Governo em 2004”.
(Texto recebido através da Internet e Facebook)
De pronto, uma pertinente observação: Há suspeita
de que Barroso, no momento da fala anedótica, muito se esforçou
para não se rir... E, anote-se, o sorrir é nele um costume
desinteressante...
Escrevemos
trapaceira funcionalidade do circo político por razão de ter sido
um espectáculo deveras deprimente e obsceno, aquele que se
desenrolou no Palácio de Belém, onde sobressaiu o repreensível
desempenho do actor-malabarista Durão Barroso.
Desde
logo, da parte do actor (também credenciado ilusionista) Barroso,
aconteceu o abusivo considerando do “reconhecimento de Portugal”
para com a sua pessoa e a audácia de dizer que foi correcta a
decisão de deixar o governo em 2004.
Ao
que consta Portugal não tem inequívocos motivos para agradecer a
Durão Barroso pelas suas actuações em Bruxelas ou por outras
actividades em Portugal e na Ilha Terceira, Açores, aqui em
parceria com outros grandes artistas George W. Bush, Tony Blair e
José María Aznar O país está à margem desse pretensioso
reconhecimento. Portugal nem foi ouvido ou consultado sobre isso. E,
se consultado, certamente que haveria grande e significativa
rejeição.
Quanto
à 'correcta decisão' de Durão Barroso abandonar o governo,
a conversa de papo-furado (para iludir pacóvios e tolos) só tem
representatividade nas incontestáveis realidades (passada e futura)
de ter auferido e continuar a receber milionários proventos que lhe
asseguram um risonho futuro de inumeráveis desafogos e de muitas
felicidades pessoais e familiares. E neste importante aspecto é que
incidiu o golpe certeiro da presumida correcção da inclusa,
interesseira e muito proveitosa decisão de sua excelência ora
condecorada.
Pelo
que Durão Barroso perdeu uma boa oportunidade de estar calado e não
tentar enganar o Zé-Povinho que, como se devia lembrar, está de
tanga – diga-se de passagem, como há mais de dez anos sua
excelência o via por ai vagueando triste, amargurado e revoltado. Só
que, actualmente, a tanga está toda esfarrapada e ele se apresenta
em quase total nudez.
Pelo
menos, a Durão Barroso ter-lhe-ia ficado bem um mínimo de
humildade. E se tinha que dar um agradecimento devia de o manifestar
ao seu dilecto amigo e correligionário Aníbal Cavaco Silva que, por
azar e deplorável penitência do desgraçado povo lusitano, é o
inactivo presidente da República de um reduzido número de
portugueses bem instalados em soberbas vidas.
Por
outro lado e parte do presidente Aníbal Cavaco Silva, fez-se a
demonstração de que numa actividade que lhe é cara, está ele
operante: a de incansável distribuidor de condecorações pelos
amigos e correligionários e delas fazendo uso e aplicação como se
fossem bens de propriedade pessoal que compartilhasse,
fraternalmente, em sede da tal 'Quinta Lusitana' em que
habilidosos de fina estirpe transformaram Portugal.
E
como se tudo isto fosse pouco para sobressaltar e, sobremodo,
incomodar a maioria dos portugueses, aí está a ameaça de imediata
entrada quotidiana em cena, no palco do circo político, de
mais um insuportável e desacreditado artista (Durão Barroso),
especializado em malabarismos e ilusionismos que a malta já enjoa e
detesta com veemência.
E
é que nem há maneira de que tão inquietador circo leve sumiço…
Resta-nos
expressar um estado de espírito:
Ficamos
esperando que da Divina Providência haja mercê de protecção e
compaixão pelos indígenas portugueses...
Fim
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