Ontem
se fizeram omeletas, hoje elas se pagam...
Carlos
Moedas
com moeda
para Pedro
Coelho...
Uma
artística parelha fraternal
Brasilino Godinho
01. Desde o século passado que passámos a ter em
Portugal o teatro radiofónico e o teatro televisivo.
Nos últimos tempos, deste século XXI, passámos a
ter o teatro jornalístico. Este, mais especializado e concentrado na
matriz da má política; a qual, por essência, deu azo a que
correspondente manifestação de arte passasse a integrar o designado
teatro/circo político.
Com é sobejamente conhecido temos grandes artistas
do teatro/circo político em Portugal. E os artistas são
classificados de grandes não por especiais e recomendáveis méritos.
Simplesmente o são, pela enorme desfaçatez e invulgar obscenidade
com que procedem nas várias intervenções em peças teatrais ou
nos espectáculos circenses, em que marcam protagonismos.
Esta conversa vem a propósito pelo facto de hoje
termos lido mais uma peça de teatro/circo político, numa
insignificante versãojornalística, em que surge como artista
principal Carlos Moedas, ex-Secretário de Estado do governo chefiado
por Pedro Passos Coelho e, agora, novo membro da Comissão Europeia.
02. Carlos Moedas, no decorrer da referida actuação
artística, em jeito de entrevista, fazendo alarde da vocação de
fabricante de moedas, ofereceu de bandeja, servilmente, uma aparente
preciosa moeda ao presidente do Conselho, Passos
Coelho, seu ex-chefe no governo português; o qual lhe fez a mercê
do catapultar para a Comissão Europeia. A ter em conta que benesse,
com benesse se paga, em extensivo sentido de fraternidade. E,
destaque-se: realizou-se a farsa com o maior descaramento,
aproveitando a predisposição subserviente de um
qualquer jornal que se prestou ao anedótico expediente.
Trata-se de uma extraordinária e mirabolante moeda
que numa face tem a legenda: Passos
Coelho – um homem único; na outra face tem inscrita a
expressão: Passos Coelho terá um
grande lugar na História.
03. Para além da novidade de Carlos Moedas, agora em
Bruxelas, denunciar propensão para se tornar fabricante e
distribuidor de moedas – o
que poderá ser um quebra-cabeças para o novo presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker - há que destacar a circunstância de
a aludida moeda ser visivelmente, escandalosamente, falsa.
Salta à vista desarmada que Coelho - se poderá ser
um exemplar único da espécie dos mamíferos roedores e com esta
terrível característica mui arreigada, amplamente reconhecida
(basta termos presente o que ele tem roído nos tecidos: social,
político, universitário, educacional, sanitário, industrial,
comercial, do país), integrando a família dos leporídeos,
guarnecido de orelhas grandes que nem lhe dão normal audição e com
olhar míope que não enxerga um palmo à frente do nariz - não é
humana criatura que se apresente como exemplar único; a menos que
Moedas conheça alguma particularidade anatómica e algo da super
inteligência (hipotética) da coelhal figura que sejam completamente
desconhecidos dos portugueses. Mas, cuidado! Aqui, impõe-se formular
a seguinte e óbvia advertência: um tal conhecimento respeitante a
Passos Coelho que, a ser transmitido por Carloas Moedas, seria -
sempre - muitíssimo suspeito e nada credível.
No entanto, Moedas faz uma referência que insinua
algo misterioso. Mas, valha a verdade, não vale a pena dispensar-lhe
grande atenção... Até por razão de nem influenciar o
posicionamento da coelhal figura na história que aparece 'mal
amanhada' na moeda fabricada à sorrelfa por Moedas.
Quanto à ideia de Carlos Moedas de que Passos Coelho
“terá um grande lugar na
História” por ser “homem único”, já apercebemos que
ele nem terá nada a diferenciá-lo, anatómicamente e em superiores
faculdades de alma, da espécie dos humanos e assim se revela
inconsistente a esquisita e insólita propositura de Moedas para o
seu ingresso na História. Ou será que Carlos Moedas estava a pensar
na História de Carlos Moedas? Aqui, sim, bate o ponto! Passos Coelho
tem, incontestavelmente, um grande
lugar na História de
Carlos Moedas...
Por outro lado bastante significativo e de extrema
importância, se nos ativermos à actuação de Passos Coelho como
chefe do governo, teremos de o considerar candidato de elevado
potencial depreciativo a um desprestigiante lugar cimeiro da história
dos tenebrosos heróis
de Portugal, na qualidade dum grande promotor da desgraça da maioria
do povo português e do declínio/destruição de Portugal.
4. Isto para dizer que a moeda/Moedas melhor fora que
se mantivesse recolhida no atraente cofre forte e muitíssimo provido
de moedas da Comissão Europeia, sem produzir estridores que ferem os
tímpanos de pessoas mais sensíveis a relevantes valores que, de
longe, sobrelevam os valores numismáticos do conhecido moedeiro,
mesmo que este seja festejado no laranjal que, actualmente, empesta a
'Quinta Lusitana'...
Fim
Nota: Esta crónica foi escrita com activo repúdio
do Novo Acordo Ortográfico
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