Cuidado
com os coelhos domésticos
da
lusa subespécie política…
Por: Brasilino Godinho
Quando falamos dos coelhos devemos
lembrar-nos do que aconteceu na Austrália.
No século passado alguém teve a ideia de
levar para aquele país da Oceânia um casal de coelhos. O que parecia ser uma
decisão com restrito benefício económico para um agregado familiar,
transformou-se numa praga maldita; visto que houve uma extraordinária
multiplicação dos mamíferos roedores que, num ápice, se espalharam por todo o
vasto território australiano ao ponto de constituírem um sério problema
ambiental e uma ameaça para a estabilidade económica.
Em Portugal, apesar da confrangedora penitência de termos de conviver com
alguns espécimes que são demasiado intervenientes nos diversos sectores mais
sensíveis da nação e, que por isso, se tornam inconvenientes ou danosos para o
meio ambiente em que se movimenta o vulgar indígena, não temos uma situação
idêntica à da Austrália, embora corramos o risco de, a qualquer momento, se dar
uma incontrolável propagação dos coelhos de específicos e malquistos matizes e
de pouco recomendáveis naturezas organolépticas.
Mas para já e nesta pior emergência
nacional, temo-nos defrontado com graves crises e situações provocadas pelo
predomínio de coelhos domésticos, da subespécie política, que, a largos passos,
vêm provocando grandes razias no tecido social do país.
Ainda hoje tivemos um reflexo disso ao
lermos as declarações do senhor bispo D. Januário Torgal que disse ser vítima
de um linchamento de proveniência coelhal.
E a propósito, é oportuno trazer à
colação a referência a dois coelhos da nossa subespécie política: o coelho de
cor rosa (Jorge) e o coelho de cor laranja (Pedro de Passos) que, não obstante
a diferença das cores, mas, certamente, por igual conformação genética, têm
reacções semelhantes. Enquanto o coelho rosa fez o pré-aviso de que “quem se mete com o PS leva…” (porrada,
subentenda-se); o coelho alaranjado, já se expressando num superior estádio de intrínseca
evolução negativa, caracterizado por uma maior regressão civilizacional, é mais
imprevisível, muito repentista, bastante contumaz e excessivamente destrutivo.
Daí que agrida, violente, empobreça e encaminhe para a morte - não lenta, mas
acelerada - toda a classe média, o maior número dos funcionários públicos e todos
os pensionistas a quem vai retirando os meios de subsistência e de tratamento
das doenças próprias da terceira idade. O que ainda não sabíamos era que a
referida criatura que se acomoda na requintada lura do Palácio de S. Bento, sito
em Lisboa, também, se levava ao extremo de até linchar os príncipes da Igreja,
que não seguem devotamente a cartilha doutrinal da coelhal figura…
Deste dramático quadro de fraquezas
animais há que extrair a conclusão seguinte: devemos estar em guarda face à mui
terrível, à muito tétrica e à imensamente tóxica, coelhada política que,
descontrolada, sem rei nem roque, anda por aí à solta…
Nota:
Neste texto não foram aplicadas as regras estabelecidas pelo recente Acordo
Ortográfico.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal