ONTEM, A COELHAL FIGURA
CELEBROU A FESTA…
HOJE, DEITOU OS FOGUETES…
Um comentário de Brasilino
Godinho
Pois é!...
Cá estamos em
terra lusitana como se nos encontrássemos localizados no reino da Dinamarca… e
proclamando: “O Rei vai nú”… E o povo
fingindo não se aperceber da tristonha e desenxabida figura de Sua Alteza…
Entendamo-nos:
Ontem, a
coelhal figura da ornamentação ficcional da alfacinha cidade, esta situada na
região saloia, à beira do Rio Tejo plantada, celebrou a festa do malfadado
“sucesso” da (des)governação nacional; o qual foi abençoado pelo trio internacional
que tutela o executivo português.
Hoje, a
mesma criatura do grémio governamental deitou os foguetes em comemoração de um
ano de actuação da sua equipa que, diga-se em abono da verdade, prossegue numa
arrepiante e desvairada corrida para o abismo e nela, de forma displicente,
arrasta uma multidão de gentes bem-intencionadas e indefesas.
Estes
eventos maquiavélicos constituem-se per
se factos insólitos, algo tenebrosos, mui patéticos, assaz bacocos, difíceis
de aceitar numa época de profunda crise e quando a realidade contradiz a
natureza e motivação de tais desacreditados espectáculos, montados para iludir
gente mentecapta. Aliás, anote-se que sendo acontecimentos dispensáveis e
estranhos, eles, neste tempo de privações e de contenção, não se entendem, não
têm claridade, sequer algum brilho.
Claro que
todos sabemos quanto os artistas em exercício de funções político-circenses são
obstinados e insensíveis ao interesse público e daí antevermos que vão
continuar os espalhafatosos, tristonhos e parolos espectáculos do circo
político instalado nos paços da República.
E, também,
assim vai decorrer a paródia nacional; a qual, suscita a indiferença de muitos
indígenas; dá azo aos obscenos aplausos das claques partidárias; e provoca os
lamentos e as cenas lancinantes de quantos, contados por milhões de indivíduos
de ambos os sexos e de nacionalidade portuguesa, se sentem humilhados,
sofredores e deprimidos, face à asfixiante atmosfera que paira no soturno ambiente
oficial e perante os chocantes cenários e os indecorosos desempenhos dos
medíocres artistas circenses que tomaram conta do palco, dos camarins e dos bastidores
(uns e outros colocados fora do alcance da vista do respeitável público), instalados
na decadente estrutura da corporação empresarial do Estado a que chegámos.
Tudo isto acontecendo, até chegar um dia
em que - vaticinamos – a nação portuguesa dá um estouro com grande
estardalhaço…
Aí, nessa
altura, vamos ver os ardorosos coelhos,
espavoridos, já não caminhando a passos
de marcha olímpica, mas sim a correr à solta, com arrebatamento, que nem
lebres…
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