Ao compasso do tempo…
Em França valoriza-se a decência…
E em Portugal?
- Desculpa-se e consagra-se a indecência…
Brasilino Godinho
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Repare o leitor na seguinte informação transmitida pela Agência Lusa:
Paris, 6 Setembro de 2010 (Lusa) -- O presidente interino da Federação Francesa de Futebol (FFF), Fernand Duchaussoy, confirmou hoje que o ex-seleccionador Raymond Domenech foi despedido por comportamento incorrecto e não terá direito a qualquer indemnização.
Isto passa-se em França.
Vejamos em Portugal.
Aqui, há tempos, o seleccionador de futebol Carlos Queiroz em pleno estádio, no decorrer de um jogo oficial e mostrando um total descontrolo, gesticula, vocifera e, às tantas, com malcriadez, tira o casaco e lança-o ao chão com violência. Acorrem os adjuntos que, num ápice, levantam a peça do vestuário da furiosa criatura. Os jogadores se, ao tempo, no campo de futebol, não se aperceberam da insólita cena, tiveram oportunidades nas últimas semanas de ver o seu dirigente e mentor dar-lhes uma exemplar, instrutiva, espalhafatosa, lição de como se devem comportar nos jogos… pois foram inúmeras as vezes que as televisões transmitiram o edificante espectáculo.
Na Covilhã, o seleccionador voltou a mostrar a sua garra de grande educador... Desta vez insultou o chefe de serviços oficiais de combate e prevenção contra o abuso das drogas, em termos tão reles que manda o decoro não reproduzir em letra de forma.
Também, de notar que Carlos Queiroz está, por demais, desorientado como evidenciou na entrevista à RTP. Na altura classificou de “termos deselegantes” as palavras proferidas no hotel, durante o estágio na Covilhã. Complacente, a solícita entrevistadora, D. Judite de Sousa, “esqueceu-se” de corrigi-lo como impunha o bom senso. Ou seja, simplesmente dir-lhe-ia: “Deselegantes”, não! Grosseiras, sim!
Tempos antes, no aeroporto de Lisboa, investira agressivamente sobre um jornalista que antes o criticara numa intervenção jornalística.
Concluindo: O actual seleccionador da equipa nacional de futebol pode ser um grande conhecedor de matéria futebolística mas não possui auto-domínio, tão-pouco tem estrutura moral e anímica e, claro, falta-lhe humildade ou discernimento para reconhecer a gravidade dos seus maus procedimentos e, consequentemente, se corrigir atempadamente; pelo que nem se recomenda como condutor de homens. Quem não se respeita, nem é capaz de respeitar o próximo e ser sempre igual a si mesmo, segundo uma bitola de elevada exigência cívica e grandeza moral, não é modelo de comportamentos, nem possui capacidade e autoridade para gerir e orientar uma selecção nacional.
Face a tão negativa imagem, ora exposta, regista-se a louvável atitude da Federação Francesa de Futebol perante um caso semelhante ao do seleccionador nacional português. E, sem perda de oportunidade, há que compará-la com a novela Queiroz continua como seleccionador… Queiroz não continua como seleccionador… que a Federação Portuguesa de Futebol tem protagonizado com grande displicência e os órgãos de comunicação social têm acolhido com bastante entusiasmo, muito alarido folclórico e desmedida confusão de ideias e de propósitos (ou despropósitos…).
Duas lições a reter:
- Um bom exemplo, funcional, objectivo e sensato, que vem da França.
- Um mau procedimento e o pior exemplo que em Portugal, com expedientes obscenos, se expõem à cidadania e ao mundo.
Enfim: Portugal num esplendor de crises! Sobretudo de inversão de valores, de abandono de princípios e… de carência de HOMENS. Idem, de MULHERES.
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