Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, agosto 06, 2008

Um texto sem tabus…

FACE AO MINISTRO - EM GUARDA, A PAU! SEM LHE DAR A CENOURA…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blospot.com

Pelo rumo que a desgovernação portuguesa está seguindo facilmente se admitiria que, a breve trecho, o governo seria objecto de privatização. As aparências induziriam esse desfecho. Só que isso está longe de acontecer. Pela razão que o governo português já se encontra privatizado. Uma entidade de muito peso na nossa sociedade, usando aquela discrição que é seu apanágio e a habitual forma de estar que mais não representa que a adopção do secretismo para todas as suas práticas, se antecipou e dele se apoderou com armas, bagagens e seus agentes infiltrados.

Sem sombra de dúvida que a Maçonaria é que governa a seu bel-prazer a nação portuguesa. Todos os sectores vitais da sociedade portuguesa estão sob o seu domínio ou influência.

Dizer que governa é uma força de expressão. Melhor será admitir que desgoverna. E fá-lo com recurso a habilidosos expedientes que, muitos deles, passam despercebidos à maioria dos cidadãos.

Hoje, como no fim da Monarquia e logo a partir do ano da proclamação da República, vigora um sistema maçónico de selecção e recrutamento que assenta na base de para qualquer lugar de funcionário público com funções de chefia, de deputado, de ministro, de presidentes dos mais elevados cargos da hierarquia do Estado, incluindo presidente da República, se torna necessária a filiação na Maçonaria: seja ela irregular, regular ou branca (Opus Dei).

Escrita esta anotação e na sequência do reparo aos habilidosos expedientes dos governantes, todos com a marca matricial da instituição que a si própria, sem pudor e humildade, mas com muita arrogância, se arroga de ser mui sábia e cultivadora dos bons costumes, vale a pena destacar o processo em curso de suprir as carências dos serviços de segurança pública. O qual é bem expressivo da forma de actuar na expectativa do que possa vir acontecer; que quanto mais complicado melhor será para consolidar poder onde reinar o caos, a desconfiança, o desalento e a indignação.

Em primeiro lugar, ao (des)governo convinha permitir a degradação da qualidade e eficiência dos serviços prestados à comunidade. Depois, pacientemente e com algum estoicismo, aguentar o clamor geral de insatisfação e o aumento das ocorrências dos delitos criminais: os assaltos, as agressões, os assassínios, a prevalência de um clima de insegurança, de medo e de terror, contribuindo para o mal-estar das populações que as levasse a tomar iniciativas no sentido de participarem no afrontamento da grave situação suscitada.

O governo bastava-lhe assobiar para o lado e esperar que a coisa esquentasse deveras. E esquentou em várias frentes. Então como o governo previra registou-se uma primeira iniciativa que apontou o meio atinente a superar as sentidas dificuldades, finalmente intuído por um grupo de empresários do Bairro Alto de Lisboa. Eles passaram a pagar mensalmente o policiamento de algumas ruas onde se encontram instalados os seus estabelecimentos de comércio.

O ministro da tutela, sempre com cara de caso comprometido, rejubilou. Sem impor coisa alguma e a modos de quem não tem nada a ver com o assunto, o ministro conseguia o brilharete de obter meios financeiros para garantir os giros dos polícias. Também de se deslumbrar frente às câmaras das televisões, repetindo que ele e os polícias estão atentos e empenhados nas soluções dos problemas que afectam a sociedade.

Ainda não tinham cessado as celebrações do feliz acordo entre os comerciantes, a polícia e o ministro e já, na noite desta terça-feira, dia 05 de Agosto de 2008, as televisões reportavam que os comerciantes do centro da cidade de Faro tinham comprado bicicletas novinhas em folha que ofereceram aos polícias que fazem vigilância citadina – o que denota que a polícia está à mercê das esmolas dos cidadãos, sem o ministro da Administração Interna se importunar com essa deprimente imagem da prestante corporação policial.

Assim, tal como mancha de óleo derramado no oceano, alastra em Portugal a tendência dos agentes económicos custearem os serviços policiais de manutenção da ordem pública. Enquanto o Governo se vai mantendo inoperante, posto em descanso à sombra da bananeira, regalado, a gozar embevecido o espectáculo e a satisfazer-se com a visão do triste panorama.

E aqui está a grande habilidade do ministro da tutela das corporações policiais. De uma penada põe os polícias nas ruas, aparece eufórico, convencido, na praça pública, rejubilando com a proeza. E, êxito retumbante, cobra receitas suplementares que, ufano encaminha ao Erário; ainda por cima beneficiando do aplauso do colega das Finanças que, com seu olho de lince de grande alcance, logo percebe que ali está mais uma achega para a diminuição das despesas do Orçamento, facultando-lhe possibilidades de libertação de verbas para suportar os enormes encargos com os numerosos institutos e os imensos grupos de centenas de chefes e sub-chefes de gabinetes assessores, secretárias, adjuntos, adidos, damas de múltiplos apoios, jovens de relações públicas e privadas, serventuários e motoristas, espalhados por todos os espaços governamentais.

Uma vez que o ministro Pereira cavalga a crista da onda de transferir encargos e custos dos serviços essenciais da Administração para as bolsas dos contribuintes, há que aguardar os próximos desenvolvimentos. Pelo andar da carruagem serão de mau presságio. Nunca se adivinha até onde pode ir a fértil imaginação de quem se especializou em cobranças inverosímeis.

Temos de, em reserva, nos pormos a pau… Sem lhe dar a cenoura… Tão-pouco sermos pau para toda a colher…