Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, dezembro 22, 2007

SARAIVADAS…

Ou as confissões do Arq.º Saraiva…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Tema:SARAIVA TEM UMA PREDILECÇÃO ARDENTE PELO PSD…

José António Saraiva é um distinto cidadão lisboeta, um pouco tímido, de semblante triste parecendo desiludido da vida, mui zangado com toda a gente e com retrato representativo de um condenado vestindo camisa branca, em pose de braços cruzados, ar resignado e algo assustadiço, aguardando a hora do cadafalso; mas possuidor de vários atributos.

Arquitecto. Jornalista. Director de jornais que, às vezes, se deixa tentar pela censura. Escritor com alguns livros publicados. Candidato predestinado ao Prémio Nobel da Literatura, conforme garantiu em tempo oportuno. Viajante incansável é, nessa condição, um perigo público visto que, normalmente, regressa do estrangeiro com ideiasConselheiro matrimonial como deixou entender em crónica recente. Publicitário das potencialidades do Viagra. Admirador da Rainha Isabel de Inglaterra com quem já se cruzou em duas gratificantes ocasiões que, quando recordadas, o deixam em estado de êxtase. Detentor do Prémio Príncipe das Astúrias alcançado por recomendação do seu ex-patrão Francisco Balsemão, amigo pessoal do Rei de Espanha, Juan Carlos. Pessoa bem relacionada na Opus Dei. Impassível contemplador da desgraça cultural que é o BLOG do Prof. Sousa, inserto em cada edição do seu semanário. Companheiro dedicado do Paco, a conhecida criatura de quatro patas já proposta para figura do ano de 2007. Conselheiro de presidentes da República. Confidente de ministros dos vários governos que se sucederam pós 25 de Abril de 1974 com os quais, habitualmente, almoça ou janta; e a quem dá bons conselhos que nem sempre são acatados. Analista político que, nalgumas ocasiões, tece desconcertantes análises. Articulista muito conhecido pelas suas crónicas que, geralmente, despertam nos leitores motivos de riso. Possuidor de um raro sentido de descoberta e de um apurado instinto de criação, os seus inspirados escritos trazem aos leitores ricas sensações de estranheza e estupefacção. De quando em quando, baralha-se e tende a dar-se ares de pudibundo como no texto “Os políticos e o casamento” em que, dando expressão à hipocrisia reinante, caiu na tentação de chamar namoradas às respeitáveis senhoras que deveriam ser designadas como amantes, concubinas, amásias, barregãs, segundo os bons costumes de antigamente.

Ele é, afinal, uma estrela-cadente que todas as semanas traça na palidez do seu espaço solar um trajecto de luminosidade a lembrar o brilho de uma lamparina fixada nas paredes de uma mina de hulha. Igualmente, é a estrela carente dos simpáticos sorrisos das secretárias e dos aplausos dos seus colaboradores, amigos e admiradores.

E se Saraiva é tudo isso em conformidade do ser pensante que em si mesmo se consubstancia, se engrandece e se contempla, em obsequiosa harmonia com a corajosa imodéstia que o identifica, há que reconhecer nele outra característica bastante valorativa nos tempos que correm.

José António Saraiva tem uma predilecção ardente pelo PSD. E, ainda, o que parece ser uma natural tendência e fervorosa disposição para ser o conselheiro do Partido Social-Democrata.

Decerto que o partido, ora chefiado por Luís Menezes, vai tomar o devido apontamento dessa afortunada circunstância e superior disponibilidade.

Para já, partido e respectivo chefe, devem atender ao solene aviso de Saraiva lançado no p.p. dia 15 de Dezembro:

“Algo deverá rapidamente mudar no PSD – ou será demasiado tarde”.

Aviso que, com carácter de urgência, não surge por acaso. Intui-se que Saraiva já fez investigações e chegou à sua inquietante certeza: “Entre os próprios militantes que elegeram o líder começa a instalar-se um sentimento de desilusão”.

Por que Saraiva - bom amigo, compenetrado simpatizante do laranjal, respeitável mentor de inúmeras personalidades do mundo político-social, tu cá, tu lá com políticos, industriais, banqueiros e com a “rapaziada da corda” - se deu ao trabalho de pesquisar o ambiente, coligir notas, apurar dados, elaborar complexas estatísticas, e formular doutas análises… Menezes e PSD extraiam as consequências… Ponham-se a pau!