Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, setembro 04, 2007

Um texto sem tabus…

A “NOVELA” DO BCP-MILLENNIUM,

FOI UM AR QUE LHE DEU…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Sim! A “novela do BCP-Millennium acabou abruptamente. Um desfecho previsível a partir do momento em que os dois autores-produtores-realizadores-actores, lançaram a público aquela charada dos elogios mútuos.

Tal como prevíramos, este desfecho traduz que a Opus Dei conseguiu impor-se e vai continuar a manter a influência na orientação do maior banco privado de Portugal. Supervisionando, lá se encontra o grande timoneiro Jardim Gonçalves.

Agora, que a paz voltou ao banco e a gestão corrente vai prosseguir segundo as ordenações da Prelatura de Josemaria Escrivá de Balaguer y Albás, valerá a pena fazermos algumas rápidas apreciações às actuações associadas à “novela”.

É facto indesmentível que Jardim Gonçalves saiu triunfante da luta entre irmãos desavindos. O desempenho de persistente lutador foi conseguido. Mas, certamente, não vai esquecer tão cedo que cometeu um enorme equívoco ao instalar o Pinto no grande e luxuoso salão da presidência do Conselho de Administração.

O jovem galináceo, uma vez colocado no poleiro de galo, terá sentido algum desconforto. Desde logo, a incomodidade da situação derivada da metamorfose de pinto em delfim; a qual, se agravou a partir da sua instalação em novo meio ambiente. Deveras redutora e embaraçosa a condição de uma criatura híbrida, anfíbia, acumular estados anatómicos muito diferentes de dificílima compatibilidade existencial – o que é fácil de imaginar

Todo o mundo estava confrontado com um sério problema que, extravasando da esfera individual do pinto-golfinho, causava dificuldades redobradas a quem tinha que tratar com o invulgar ser.

As dúvidas eram mais que muitas: Como conviver com um pinto e simultaneamente tratar com as devidas cautelas um golfinho? Se nem se podia olvidar a existência da delfina, a activa Paulinha, parceira legítima do delfim. Tão-pouco desatender à conhecida tendência de Gonçalves em impedir a presença do elemento feminino no interior da instituição que superiormente tutela.

Por outro lado, tudo mais se dificultava ao ter em conta as grandes responsabilidades em jogo no relacionamento entre os animais em presença no espaço bancário em causa e nos redobrados esforços a despender na preservação da espécie dos simpáticos animais e na conservação do profiláctico ambiente interno; visto saber-se que a espécie dos delfins (golfinhos) está em vias de extinçãoE. por isso, todos os cuidados são poucos

Em crónicas anteriores já, ao de leve, tínhamos focado este assunto - tema fulcral, escondido, do enredo da “novela”.

Mas, agora, que o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa veio dizer às televisões que Gonçalves tinha morto o delfim depositado no Banco BCP e, deste modo, assumindo o ónus da revelação, nada obsta a sermos mais explícitos na crítica à “novela”, sem corrermos o risco de nos virem acusar de, a partir da Província, estarmos a urdir intrigas e a conspirar contra a sã convivência dos pios seres residentes nas magníficas instalações da conhecida entidade bancária.

E fazemo-lo com a satisfação de podermos anunciar que o famoso Pinto ressuscitou. Mais fantástico: libertado da configuração de golfinho de estimação de um grande banco. Consta que alguém o viu sair das instalações em passo acelerado, decidido, não se voltando para trás, sem um sorriso escarninho nos lábios, nem mostrando crispação no olhar. Porém, ia um bocado vergado ao peso de três milhões de euros que lhe terão sido concedidos, a título compensatório, pela sua esforçada actuação nos episódios da “novela”. Pormenor curioso: Não há notícia de ele ter solicitado ajuda ou alguém se ter oferecido para lhe aliviar a carga

Enfim, tudo indica que, a contento de todas as partes, voltou o sossego aos vastos domínios da Opus Dei em Portugal…

Se o leitor nos permite, fazemos uma pequenina observação: Você disse que não há dinheiro em Portugal? Ou terá sido o Desgoverno da Nação a dizê-lo?...

Dos bancos, isso não ouviu com certeza!

São, com certeza, bancos de colorida fachada portuguesa…

Nota final de elevado teor ecológico: Foi anunciado pelo engenheiro Jardim Gonçalves que, no preciso lugar do aquário onde sobrenadou o delfim Pinto, foi plantado um pinhal – o qual, transplantado em estado adulto, se apresenta viçoso, com belíssimo aspecto, havendo fundadas esperanças que vai enraizar em profundidade; até por que posto num terreno previamente bem adubado segundo as melhores técnicas de cultivo em ambientes conturbados e sujeitos a tempestades ocasionais…