Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, junho 30, 2006

FALAR DA CENSURA COM O MARCELO?

PARA QUÊ?

Brasilino Godinho

Há dias, através da Internet, o jornalista João Barata Ferreira trouxe algumas achegas ao tema “Censura em Portugal” e interpelou-me da seguinte maneira: “Quanto à censura nas redacções, olhe, fale com o Marcelo”.

A esse respeito quero dizer: não será caso disso… Nem adiantaria conveniência ou proveito à causa e à cidadania.

Vamos conversar.

O Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa é um mestre com cátedra na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. É um artista dos sons vocais e um hábil pintor especializado nos tons mais ou menos coloridos de laranja que espalha sobre as telas com que embasbaca os apreciadores das suas maquiavélicas façanhas artísticas. Ousarei considerá-lo um extraordinário malabarista na arte de se exprimir pelas palavras, pelos gestos, pelas entoações de voz e pelos esgares com que vai dando vivacidade e realce às passagens do discurso. Sem dúvida, um excelente cultivador da oratória. Conhecido e recomendado “criador de factos políticos”.

Também, com a prática do jornalismo constante do seu currículo em que se inclui o exercício do cargo de director do “Expresso”, está perfeitamente habilitado para falar sobre a censura praticada nas redacções dos órgãos de comunicação social. E tão dotado neste domínio o considero que não tive dúvidas de lhe sugerir a criação e regência de um curso pós-graduação com a seguinte designação: NORMAS EM BOM DIREITO ATINENTES A UM “NOVO MÉTODO MARCELO REBELO DE SOUSA” DE UTILIZAR COM EFICÁCIA E À DISCRIÇÃO A LIBERDADE DE EXERCÍCIO DA CENSURA NA COMUNICAÇÃO SOCIAL PORTUGUESA.

Portanto, nesta específica área da Censura, ele, senhor da matéria e possuído da experiência assume, descontraidamente, uma autoridade incontestável. Igualmente, aqui, sem admissão do contraditório

E, exactamente, por se sentir confortavelmente instalado no sistema ele nem se dará ao desfrute da abordagem profunda e séria de um tema tão complexo que se lhe torna incómodo quando é interpelado. Isso acontecendo, dele ouviremos o óbvio e conveniente para disfarçar a realidade. Tenho disso prova. Por duas vezes (vai decorrido um ano) o contactei por escrito verberando seus procedimentos censórios tidos para com “A QUINTA LUSITANA” e nessas ocasiões me deixou mensagens gravadas no meu telemóvel a tentar justificar-se com argumentos falaciosos.

Daí, acreditar que o, também, mestre de Censura, Marcelo Rebelo de Sousa se um dia “abrisse o livro” nada acrescentaria sobre tudo quanto é do meu conhecimento acerca do assunto em debate. E, aqui chegado, ao entendimento “da essência dos jogos de bastidores”, estou em desacordo com o senhor Ferreira ao escrever que não os entendemos. Certamente que ambos não só os conhecemos, como entendemos. Ó, se os entendemos!

Mais: o jornalista J. B. Ferreira e o articulista Brasilino Godinho, não desconhecem o “conjunto de condicionalismos que obstam ao digno exercício da profissão de jornalista que tem vindo a contribuir para a decadência do jornalismo em Portugal”.

Quanto estar nas nossas mãos alterar este estado de coisas, admito que não esteja ao alcance ou tal conseguir-se na profundidade desejada nos próximos tempos. Todavia, pela minha parte, devo, quero e posso, na medida do possível, malhar no ferro frio na esperança de, com pessoal esforço e pertinácia, ele ir aquecendo até o pôr ao rubro em condições de ser moldado no formato do instrumento que todos necessitamos de utilizar na nossa vida quotidiana para varrermos definitivamente esse lixo abominável que é a censura praticada desavergonhadamente nas redacções de certos órgãos da comunicação social.

Completando esta “conversa” apresento uma primeira lista dos censuradores que mais se distinguiram na censura da obra “A QUINTA LUSITANA”. São os seguintes:

jornais: “Correio da Manhã”, “JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias”, “Expresso”, “Público”.

Televisões: RTP, SIC, TVI.

Jornalistas: João Marcelino, José Carlos Vasconcelos, Rodrigues da Silva, José António Saraiva, Isabel Coutinho.

Director de Programação da TVI: José Eduardo Moniz.

Locutores: José Rodrigues dos Santos, Alberto Carvalho, Mário Crespo, Manuela Moura Guedes.

Presidente do Conselho de Administração da RTP: Almerindo Marques.

Escritor: Francisco José Viegas, no programa do Canal 2 sobre livros (destes: uns, mostrados abertos, repetidamente publicitados; outros, ignorados ou escondidos, seguramente fechados… por causa das moscas).

Professor catedrático de Direito, ex-chefe do PSD e comentador de Televisão: Marcelo Rebelo de Sousa.