A POPULAÇÃO PORTUGUESA ESTÁ SENDO DIZIMADA
Brasilino Godinho
04/Junho/2022
01. O coronavírus que nos fins de 2019 se infiltrou sorrateiramente em Portugal e sem perder tempo, de imediato, logo demonstrou a sua superior inteligência à ministra da Saúde que logo lha reconheceu e lhe prestou vénia de consagração nacional; tem evidenciado manhas invulgares e eficácia de disseminação com grande ímpeto operacional por todo o território português.
Produzindo enormes, trágicos, estragos no tecido social de Portugal.
Isso tem sido tão evidente que, eu mesmo sem ser médico, mas dando-me conta de as duas Senhoras da Saúde se verem às aranhas para conter a agressividade do ser viral e haver suspeitas de ocultação de dados, fui escrevendo que os números dos infectados, constantes dos boletins oficiais, não corresponderiam à realidade da situação pandémica.
Tenho sido uma voz pregando no deserto onde radica o conformismo, a fantasia e ocultação obsessiva dos verdadeiros números de portugueses infectados e de todos os outros de pessoas enfermas sem disso se aperceberem ou serem testadas e diagnosticadas.
Era mais que tempo de algum conceituado especialista se pronunciar no mesmo sentido de Brasilino Godinho.
Eis que acabo de ler nas redes sociais que uma distinta epidemiologista manifestou a convicção de que os números oficiais dos contagiados em Portugal não correspondem à verdade da grandeza da infiltração dos coronavírus.
Assinalo que tardava essa categórica afirmação técnica para facultar opinião inequívoca e credenciada acerca da grande tragédia que atinge o nosso país e dela se consciencializar o povo português.
É extremamente preocupante o que vai acontecendo em Portugal que, só se atendo aos dados oficiais, é o país europeu mais atingido pela pandemia e o segundo a nível mundial; em termos percentuais, correlacionados com o número total de habitantes.
Mas sendo realistas - com sentido de seriedade e considerando quantos mais infectados existem, para além dos que são incluídos nos relatos do Ministério da Saúde - se deverá afirmar que Portugal é, nesta altura, no âmbito mundial, o país mais atingido pela pandemia Covid-19. A que acresce o alastramento da varíola dos macacos que debilitando o organismo humano mais o torna vulnerável e predisposto à infecção virosa.
Outro aspecto de maior perigo relaciona-se com o risco que se corre de os médicos e os enfermeiros irem perecendo e se a maioria sucumbir, suscitar-se o grande pesadelo da interrogação: quem vai, por aí, hospitais e clínicas, cuidar dos enfermos de quaisquer que sejam as patologias das pessoas que vão sobrevivendo, enquanto decorre o extermínio dos portugueses; principalmente, dos velhos, atingidos pela “peste grisalha” a que se referia o deputado Peixoto, do PSD da Guarda, que deve sentir-se satisfeito de se estar alcançando a erradicação dela, por si apontada como necessária e conveniente. ´
Impressiona desfavoravelmente que ninguém, inclusive os órgãos de comunicação social, na actual conjuntura, não mencionem o citado apelo de extermínio da “peste grisalha” (leia-se idosos) feito na Assembleia da República pelo referido deputado Peixoto.
Lamento que, não sendo médico, venha sendo a pessoa que mais tem chamado a atenção do público para a gravidade da evolução da pandemia e verberando alguma displicência, ocasionais negligências e pontuais deficiências, na operacionalidade das autoridades sanitárias; elas sempre reagindo a posteriori aos avanços da pandemia – o que se tem verificado desde princípios de 2020, dando azo a milhares de infeções diárias e a inúmeros internamentos e falecimentos.
Na actualidade, as pessoas infectadas contam-se numa cadência de mais de vinte mil por dia. Ela admitida pelos serviços do Ministério da Saúde. Porém, na realidade, as vítimas serão muitas mais.
Nunca os portugueses conhecerão: quer o quadro real da tenebrosa situação; quer a dimensão abrangente dos dramáticos resultados da pandemia.
02. Outro penoso aspecto do viver quotidiano em Portugal, de fatais consequências, que não é entendido por inúmeros portugueses, tem expressão nos contínuos agravamentos das condições de vida que decorrem dos sucessivos (mensais, quando não semanais) aumentos das despesas com aquisições dos bens de consumo: alimentares, serviços médicos, medicamentos, combustíveis, transportes, energias, rendas de casas, telefones – o que, associando-lhes os efeitos trágicos da pandemia Covid-19, tudo somado, converge num rumo: o de abreviar o curso de vida de milhares de portugueses e ser-lhes causa de morte.
03. Entretanto, muita gente vai andando entretida com as reportagens TV sobre a guerra da Ucrânia; com as disputas e mesas redondas ou quadradas do caseiro mundo de futebol; os jogos político/partidários; as parlapatices obscenas encenadas no Big Brother; as andanças, viagens, fotos e mergulhos no mar de Cascais, do presidente Marcelo; as digressões dos ministros; os disparates ditos e reditos pelos políticos de refugo que, constantemente, se exibem frente aos microfones das rádios e televisões; também lendo as numerosas revistas cor-de-rosa que disputam audiências atreitas às bisbilhotices e relatos de vidas promíscuas de várias criaturas dos meios artísticos (circo político, rádio, televisão, teatro, cinema, futebol) – como se o país fosse um território onde só persiste sossego, ventura, divertimento e bem-estar: um espaço paradisíaco. O que, lamentavelmente, da parte de tal gente, é maneira desordenada de estar em sociedade e que reflecte um estádio de atraso cultural e de impreparação intelectual, que prevalece há muitas décadas e segue em contínuo desenvolvimento ao compasso do tempo actual.
04. Mas a realidade da vida colectiva e de milhares de famílias é outra: dramática!
Uma preocupante realidade que abrange diversos sectores da sociedade e que evidencia uma generalizado clima de inoperância político/administrativa no campo governamental e na área da Justiça, de corrupção, de prosseguida redução de básicas condições de vida, repercutindo na impossibilidade de se assegurar o prosseguimento da sobrevivência a inúmeros portugueses.
05. De modo incrível, temos presente um aterrador quadro muitíssimo obscurecido da nação portuguesa, do qual é imperativa obrigação cívica tomar a devida, responsável, consciência.
Face a ele, os cidadãos não devem permitirem-se o gozo de dar ouvidos aos papagaios e cotovias que, a toda a hora, despudoradamente, cantam loas aos tempos que passam, de exageradas, abusivas e obscuras exibições do circo político.
06. Pelo que devo repetir: a população portuguesa está sendo dizimada! Urge acudir-lhe com urgência, vigor e firme determinação!
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