NESTA MANHÃ, DIA 10 DE JUNHO,
FACE A CELEBRAÇÕES DE BRAGA
Brasilino Godinho
10 de Junho de 2022
Esta manhã de 10 de Junho, durante alguns minutos, vi através da TV os desfiles militares de celebração do Dia de Portugal, de Camões e da Língua Portuguesa.
E face a todo aquele aparato folclórico em que sobressaiam os garbosos peitos dos oficiais enfeitados com bastantes insígnias, vieram-me à memória, as recordações das vezes em que já nos anos da meninice me surpreendia com tal aparato e me interrogava por que razão ou fatalidade do destino, qualquer indivíduo - desde que com patente de oficial e uma vez envergando farda de gala - se apresentava guarnecido na peitaça com medalhas de vários feitios - como se isso fosse desmonstração de colecionador das ditas ou forma simplista de mascarada festiva.
Agora com a provecta idade noventa anos e oito meses de idade devo dizer que - sem disso me haver preocupado em tempo algum - não estou ciente da razão que confere inerência de oficial das forças armadas à obtenção e ostentação de várias medalhas. Talvez que com tal exibicionismo se pretenda despertar deslumbramento nos indígenas mais receptivos e apreciadores das celebrações folclóricas.
Aliás por focar atenção nas medalhas dos militares – ressalvo que quando ostentadas por antigos combatentes, a elas fizeram jus - vale a pena referir o que se passa a nível do tráfego de convivência social no que se relaciona com a distribuição de insígnias, prémios e “tachos” públicos.
Em Portugal as insígnias, prémios e “tachos”, geralmente só estão disponíveis para um reservado grupo de pessoas tidas como correligionários, parentes, amigos, compinchas, irmãos fraternos das irmandades maçónicas, inclusa seita Opus Dei, em relação às entidades a quem está conferida tal prerrogativa de lhes acalentar os respectivos egos.
Neste nosso tempo uma das formas mais simples e certeiras de se conhecerem as filiações das pessoas na Maçonaria é tomar conhecimento se elas estão sendo premiadas ou contempladas ostensivamente na progressão das suas carreiras profissionais ou actividades artísticas. E na regularidade com que são acolhidas nas televisões e nos jornais.
E isto porque como consta em termos “pranchados”, e é tido no plano decisório da Maçonaria, há que apurar a condição do candidato se é ou não pedreiro-livre ou seja um dos “nossos”: irmãos fraternos, “cidadãos de bons costumes” – tão bons costumes como estes de se escolherem as pessoas pela filiação maçónica e não pelos seus méritos pessoais e alta valia das suas obras… E como Portugal é um Estado Maçónico … “tudo segue como dantes: quartel-general em Abrantes!”
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