Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, maio 26, 2022

 

NA PIOR NÓDOA PODE CAIR

PRESUMIDO MELHOR PANO

 

Brasilino Godinho

26 de Maio de 2022

 

Para início de prosa alusiva à minha pessoa e à agradável circunstância da inusitada madrugada deste dia, assim admito configurar-me como “melhor pano”; fazendo alarde de natural e ostensiva imodéstia; por sinal, disposto a pagar todos os ónus que lhe são adstritos.

Digo que atitude de bom pagador, algo incompatível com a classificação de pelintra, detentor de poucos vinténs, que me é atribuída pelos Donos Disto Tudo.

Situação exposta num deplorável quadro de obscena riqueza(…) sedimentada por uma pensão de reforma irrisória concedida como esmola miserável pelo Estado que, ainda-por-cima e agravo indecente, todos os anos me surripia, à falsa fé, em crescendo escandaloso, uma grossa maquia anual a que chama imposto IRS.

Infelizmente, considero-me explorado/roubado por um Estado larápio que não há maneira de ser levado ao Tribunal Internacional da Haia e exemplarmente condenado e encarcerado numa prisão de alta segurança, como era a do Forte de Peniche e a de Caxias das boas memórias, tão gratas e apetecíveis aos fascistas das novas gerações…

Outrossim, em contraposição objectiva, me é vedada a presunção atrevida de fazer gala de proclamar aos quatro ventos que dessa água não beberei. Pois que nunca se sabe o que por motu proprio ou ocorrência involuntária, me poderá acontecer. O que é demonstrativo de quanto vulnerável e frágil é o ser humano Brasilino Godinho.

Ele, que, por vezes, tem sido considerado, por bastante gente, como um raro espécime de super-homem de grandes cometimentos no domínio da aquisição do conhecimento escolar ou extraterrestre de multíplices facetas e actividades, destemidamente intrometido no seio da comunidade indígena portuguesa.

Todo este precedente texto para trazer ao conhecimento dos leitores uma interessante nova do que me calhou na rifa da sorte e no decurso da precedente madrugada.

Claro que experimento prazer, sinto vaidade e tenho a honra de aqui me apresentar ufano escrevendo sobre a memorável viagem que, esta madrugada, efectuei à cidade de São Paulo.

Nunca tive oportunidade de ir ao Brasil. Há horas que isso aconteceu. Precisamente bem acompanhado por simpática dama, distinto exemplar do belo sexo. Passeámos na Avenida Paulista e no Viaduto do Chá. Visitámos um vasto Palácio, com piscina interior, de que não me recordo a designação. Ficou-me retida na memória a aflição de um contínuo aflito por recear que ficássemos fechados numa sala, por se estar na hora de encerramento do imóvel palaciano. Porém, a aflição não teve epílogo dramático devido ao excelente desempenho profissional do mencionado profissional Sr. Euclides da Silveira.

Desta forma, sucintamente descrita, se processou hoje a aventura da viagem de Brasilino Godinho ao Brasil.

Ela teve um condão: despertou o meu subconsciente para a evocação das célebres viagens dos deputados da assembleia dos repúblicos, assentados no hemiciclo do Palácio de S. Bento, em Lisboa; os quais, em tempos não muito recuados, efectuaram longas viagens turísticas, em missão oficial, a vários países dispersos pelo planeta Terra, sem saírem de Lisboa.

Foi uma notável e histórica proeza que, diga-se de passagem, está inclusa no caixote do lixo da História concernente à Assembleia da República de Portugal.

A minha viagem ao Brasil, aqui referida, dir-se-ia ter alguma semelhança. Porém, ela é muito ligeira e superficial. Desde logo, apesar de a minha ida ao Brasil bem acompanhado, se ter processado sem sair de Aveiro - e nisso se parece com as viagens dos deputados - foi inteiramente meu pessoal encargo, sem quaisquer custos para o Erário; enquanto as dos ditos, cujos, muito oneraram o Orçamento do Estado, com ajudas de custo e subsídios de marcha; afinal, pagas pelos sacrificados e explorados contribuintes – em cujo número estarei incluído…

Visto, lido e respigado, repare o leitor nos acasos do destino: a Brasilino Godinho que tanto tem criticado as viagens fantasmas dos deputados portugueses, da Terceira República, veio a acontecer hoje que também ele fez uma incursão turística ao Brasil, sem se ausentar de Aveiro.

No entanto, tome o leitor importante nota de registo cívico, referência ética e determinação moral, da observação seguinte: ao contrário dos deputados, abusadores turistas pagos pelo Erário, Brasilino Godinho não meteu a mão no pote do ORÇAMENTO do ESTADO.

 

Concluindo:

Na presente crónica e atendendo ao respectivo contexto devo interpor correcção no título 

NA PIOR NÓDOA PODE CAIR PRESUMIDO MELHOR PANO.

Se sem humildade - mesmo que fosse fingida e que nem está nos meus hábitos - presumo configurar “melhor pano”, não tem cabimento significar que a minha “viagem ao Brasil”, aqui mencionada, tenha sido “pior nódoa”; visto que ela se concretizou figurada de forma impoluta, sem comparação com as fantasiosas viagens dos deputados tidas e aceites como reais nos “passos achados”, antes alcunhados de Passos Perdidos, em sede da Assembleia da República.

PALMAM QUI MERUIT FERAT – Deem-se os aplausos a quem se tornou digno deles.

Obviamente que… BRASILINO GODINHO

Passe a afirmação extremamente imodesta e repreensível de um pecador compulsivo…