Leitor,
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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, fevereiro 28, 2022

 

OLIVENÇA “CIDADE ESPANHOLA”

UMA OVA!

COISA INCRÍVEL E INADMISSÍVEL

 

Brasilino Godinho

28/02/2022

 

Hoje surgiu publicado nas redes sociais um anúncio de natureza turística em que se menciona OLIVENÇA como cidade espanhola. E, com maior descaramento ou ignorância, na breve resenha histórica que nele é inserida, se omite que ela é cidade portuguesa, ocupada e colonizada pela Monarquia de Espanha desde os primeiros anos do século XIX, em manifesta violação do Tratado de Viena, firmado em 1815; através do qual – ainda em vigor – foi reconhecida a soberania de Portugal e a obrigação imposta à Espanha de proceder, de imediato, à respectiva devolução ao nosso país. Em 1817, o governo da monarquia espanhola subscreveu a acta do Tratado de Viena, aceitando os termos da resolução atinente ao retorno de Olivença à plena soberania de Portugal.

A Monarquia de Espanha, abusivamente, em vez de cumprir a obrigação imposta pelo Tratado de Viena, que subscreveu, tem prosseguido na ocupação do território e a uma intensiva colonização, com tanto ímpeto e determinação que, actualmente, a grande maioria da população é espanhola - o que inviabiliza a hipótese de realização de um referendo intentando apurar qual seria a preferência dos residentes quanto ao estatuto de nacionalidade do território oliventino.

Da parte dos governos portugueses tem havido uma muito indecente e antipatriótica acomodação que, também, denota uma execrável cobardia e muito condenável, escandalosa, subserviência à Monarquia de Espanha. Nesta nossa era, de Terceira República, até com acintosa violação da Constituição da República Portuguesa que no Artigo 5.º, estabelece:

1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira. 

3. O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.

Importa registar que Portugal nunca reconheceu ou aceitou a agressiva, violenta, usurpação - pela força das armas, no termo da “guerra das laranjas” - do seu território alentejano de OLIVENÇA. Embora mantendo uma absurda e desonrosa política de sujeição a uma situação de facto lesiva da dignidade de Portugal e do seu povo.

Todavia, é profundamente lamentável, incrível, vergonhoso e inadmissível, que haja portugueses que tenham o desplante de vir a público dizer que Olivença é cidade espanhola.

Quem assim se expressa procede traiçoeira acção de lesa-Pátria. Se é que tal procedimento não se configura como manifestação de ignorância da História de Portugal.

Mais haverá que anotar o seguinte: claro que sabendo que sempre houve traidores há que enfrentá-los com persistência no nosso tempo; tão ele carregado de perigos para o futuro da Pátria que os genuínos portugueses muito amam e dela melhor cuidam a Bem de Portugal e das suas gentes.