Leitor,
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Leia!
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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, dezembro 22, 2021

 

NOVA PRÁTICA DE REPORTAGEM

E DE UM JORNALISMO PARVÓIDE 

Brasilino Godinho

21/12/2021

Para não destoar do ambiente de hipocrisia, do fingimento, da irresponsabilidade, do simplismo rasteiro e da adulteração da realidade por de mais evidenciada e, por vezes sobejamente descrita, pormenorizada e bastante testemunhada, de que está inquinada a sociedade portuguesa, agora estamos confrontados com a nova prática de reportagem e de um jornalismo parvóide.

Exemplos: Num qualquer lugar público ou espaço particular um governante ou político fala disto e daquilo ou que fará coisa e loisa. Por perto estão donzelas e rapazolas jornalistas da nova vaga, que, de imediato, reportam que o personagem palrador “garantiu” que(…). Quando, afinal, não garantiu coisa nenhuma. Para os jovens jornalistas basta um ministro abrir a boca para eles virem aos jornais afiançarem que a excelência criatura “garantiu”. Comento: Que leviandade de colorido jornalístico!

Na via pública ou em cenário doméstico acontece uma grave agressão física. Obviamente que houve agressor e vítima. O repórter acorre ao local do crime. Pode acontecer que chegue a ver agressor e vítima a caminho do hospital. Relata de viva voz ou por escrito o que ainda viu da ocorrência, terá recolhido dos relatos das testemunhas, refere a presença da polícia e termina a peça jornalística dizendo ou escrevendo:

“O homem foi detido por suspeita da prática de um crime de ofensa à integridade física” (sublinhado de Brasilino Godinho).

Quer dizer: o jornalista ao concluir a sua peça, ipso facto é como estivesse alheio à realidade, doura a pílula, desvirtua o que soube da ocorrência e demonstra uma incrível falta de discernimento e de apreensão do sentido de tudo aquilo que observou, recolheu e de que fez descrição.

E nem ele e o superior hierárquico se apercebem da incongruência e enorme disparate que é patenteado ao público. E do mau serviço prestado sem acautelar a justeza da sua tarefa e o imprescindível sentido cívico e básicas normas de harmonização social.

Também no jornalismo vamos de mal a pior. Sem rigor e com manifesta: evidente, gritante, obscena, nula objectividade.

Mais um reflexo de Portugal, mergulhado no pântano de degradação geral que deprime, muito prejudica, sobremodo enfraquece, os portugueses que, penosamente, vão sobrevivendo, e que cultivam o brio de serem cidadãos responsáveis e ardorosos patriotas.