UM TEXTO SEM TABUS…
Brasilino Godinho
24/Março/2021
EM SEDE DE REGIMENTO DE
INFANTARIA GOVERNAMENTAL
Tome-se consciência: Portugal não tem Governo, De facto e de sentido figurado em termos de administração pública.
Vejamos:
01. Governo?
De facto, não existe governo. O que se lhe assemelha é um Regimento de Infantaria Governamental, composto de setenta oficiais de várias patentes que dispõem de subalternos dos dois géneros, em elevado número e que supostamente exercem funções de; secretários, chefes de secção, directores de gabinete, assessores, especialistas (de coisa nenhuma) de 1.ª classe, ajudantes de campo, motoristas, telefonistas, consultores e vários indiferenciados (dir-se-ia seres inúteis) dispersos pelos corredores e salas de convívio mais ou menos familiar, do quartel da referida unidade.
De que se ocupa diariamente toda essa gente? A maioria dos portugueses isso desconhece inteiramente. Há suspeições. Não me faço repórter delas, por uma questão de decoro e por não ser jornalista.
02. Governo em termos de exercício da administração pública.
Andam os portugueses convencidos que o Regimento de Infantaria Governamental, mal ou bem, vem governando Portugal. Estão algo equivocados. As aparências iludem.
Exemplo: até para se processar uma simples atribuição de subsídios de risco aos agentes da PSP e da GNR foi agora criado um grupo de trabalho. Repara-se na expressão “grupo de trabalho”. Para ele se enquadrar no numeroso efectivo do Regimento de Infantaria Governamental, sugerindo-se a ideia de que neste prevalece a ociosidade ou que trabalho será coisa inexistente no referido Regimento de 70 oficiais.
Também um oficial, designado ministro, anunciou hoje que se admite aplicar vacina contra o coronavírus aos professores e funcionários universitários. Só que sendo de previsível e imediata ocorrência, pressentida em sentido de consenso geral, é medida que… está a ser objecto de análise. Pelo visto e subentendido é matéria de muitíssima complexidade…
Outrossim e talvez por eventual conjunção de inactividade operacional intramuros do aquartelamento militarizado da desgovernação ou distração da oficialidade governamental, foram vendidas 6 barragens do Douro, enquanto o Diabo esfregava um olho… Um gravíssimo dano patrimonial da Nação. De que a oficialidade se alheou ostensivamente.
Haveria muitos mais casos e evidências a acrescentar sobre a desgovernação em curso. Seria longa a lista. Mas o que fica descrito enegrece suficientemente o indecoroso quadro dramático em que ela se insere e que tanto degrada a Nação, desqualifica o Estado e desvaloriza Portugal, perante a Europa e o Mundo.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal