NESTE DIA
Há 1 ano
RUDE GOLPE NA COERÊNCIA…
DE UM JUIZ MUITO COERENTE
Sou pessoa que em matéria de coerência a preza e expressa em diferentes circunstâncias e distintas formulações: nas palavras, nas atitudes, nos escritos, nos actos quotidianos e nos entrosamentos manifestos entre elas, sobreditas.
Por isso devo saudar o ex-juiz desembargador Rui Rangel agora que, pelo Conselho Superior da Magistratura, acaba de ser expulso da Magistratura, por ter tido a coragem e o proveito de demonstrar, em oportuno tempo, ser juiz não confiável.
Em época não muito recuada o juiz Rui Rangel declarou: “OS JUÍZES SÃO A CLASSE MENOS CONFIÁVEL EM PORTUGAL”
Trata-se de um procedimento notável do juiz Rangel, em termos de natureza ética e sentido deontológico, que ficará assinalado em letras de ouro no historial da magistratura nacional…
Louve-se a declaração e o empenho de juiz Rangel chamar a si a responsabilidade de a objectivar na sua própria pessoa e condição profissional, sabe-se lá com que sacrifícios… e entusiasmos. Não delegou a outros a espinhosa/sedutora tarefa, como fazem muitos oportunistas de má índole que proliferam em Lisboa, como cogumelos nas terras transmontanas.
Talvez por assim coincidir na apreciação deste mediático caso, é que o famoso médico legista José Eduardo Pinto da Costa, tripeiro de rija têmpera, esteve esta manhã na televisiva Praça - que não é de tristeza - empenhado numa longa defesa acalorada do ex-juiz Rui Rangel e na veemente crítica à decisão condenatória tomada pelo Conselho Superior de Magistratura. O que também foi revelação de fraterna e sólida amizade cultivada à distância de centenas de quilómetros e singular prestação de uma pessoa que é médico e não profissional de direito; porventura, capaz de ferir susceptibilidades de advogados mais ciosos das suas prerrogativas, conexas com os exercícios profissionais.
Com grande expectativa fico aguardando o coro de protestos de amizade e reconhecimento ao ex-juiz Rui Rangel pelo relevante serviço prestado à chamada nação dos “brandos costumes” e dos “bons cidadãos”; muitos destes que, judiciosamente(…) entendem que as grandes causas dos aproveitamentos e benefícios, mesmo que fraudulentos e ilegais, começam por serem bem atendidas e melhor aproveitadas em sede pessoal.
Porém, todavia, contudo, a expulsão do meritíssimo ex-juiz Rui Rangel, da Magistratura, foi, inegavelmente, um rude e imprevisto golpe na coerência paradigmática do ex-juiz Rui Rangel. O que, traduzido por miúdo comentário, quer significar que a coerência do juiz Rui Rangel já foi chão que lhe deu uvas… (escrevi uvas e não luvas – nada de confusões abusivas…).
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