UM TEXTO SEM TABUS…

Brasilino Godinho

17/Dezembro/2020

 

EXACTAMENTE!

MESMO SEM O TABU DA IMODÉSTIA…

 

É de enaltecer que o cidadão norte-americano de que desconheço identidade, em foco numa recente notícia, tendo-se formado engenheiro em Hidráulica em 1947, com 31 anos de idade, haja voltado à universidade americana e agora com 104 anos de vida tenha sido doutorado.

Algures, no Facebook foi feita comparação com Brasilino Godinho.

 

O caso de Brasilino Godinho é diferente: “verdadeiramente invulgar, não só no nosso país como até em termos mundiais.”

Com 77 anos feitos ingressei como caloiro na Universidade. Em termos universitários era virgem. Hei perdido, gostosamente, essa virgindade no dia 20 de Outubro de 2008, no Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, da Universidade de Aveiro, singularmente assistido por quatro esbeltas e lindas jovens colegas. De que guardo grata recordação.

 

Oito anos após 2208 e com 85 anos de idade, passei a ser possuidor de uma Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas, Ramo Português/Espanhol, com a classificação de 15 valores, de um Diploma de Estudos Avançados em Estudos Culturais, com a classificação de 16 valores e de um Doutoramento em Estudos Culturais, atribuído por decisão unânime do júri doutoral. Felizmente, a carência ou fome em matéria académica deu em fartura. Que se pretende seja de aproveitamento e incentivo para muitos portugueses; dado que tal feito académico deve ser entendido como serviço cívico que, com muito orgulho, prestei à nação portuguesa. Até com projecção internacional.

 

Além de que serei - segundo as boas línguas de generosas pessoas da maior respeitabilidade, que estou tentado a acreditar (até prova em contrário…) – “pessoa extremamente simpática, educada, interveniente e culta”.

 

Confesso, um pouco babado – e atrevidamente - que tinha suspeitas de ser detentor de tais adornos personalísticos… visto que sempre lhes conferindo contemplação insofismável; pelo que, com alguma imodéstia que bastante agradará aos invejosos e meus detractores e que lhes proporcionará ensejo para expelirem o fel* que lhes corrói as entranhas, mais acrescento: revejo-me neles com muito aprazimento.

 

E sublinho com a maior ênfase que mais irrite os “amigos da onça”, que o cidadão Brasilino Godinho (que inequivocamente sou) se sente muito honrado em conviver com o seu homónimo, Brasilino Godinho, em todos os instantes: com partilha de casa, alimentação, actividades de escrita e de lazer, cama e roupa lavada.

Sobretudo, ser devotado amigo da criatura brasiliana, por sinal identificada com os mesmos nome e apelido…

 

Outrossim, destacar tão singular convívio; a invejável, profunda amizade e… o mútuo gozo e fraterno proveito. Uma e outra coisa não despiciendas em quem prossegue existência octogenária, muitíssimo hostil ao vírus da COVID-!9.

 

*Releva o cuidado de Brasilino Godinho pela saúde de tais espécies humanas.

Mas, atenção! Não caiam no exagero de o considerarem santo…