UM TEXTO SEM TABUS…
Brasilino Godinho
23/Outubro/2020
COVID-19
ATITUDES DIVERGENTES DOS GOVERNOS
DE ESPANHA E DE PORTUGAL
Transcrevendo dos jornais:
“O presidente do Governo espanhol afirmou hoje que o número real de infetados com o novo coronavírus em Espanha é de três milhões de pessoas, embora o registo oficial o coloque em um milhão.”
O leitor repare na abissal diferença: o governo espanhol não se limita a apresentar dados oficiais de contagem de um milhão de infectados. Assume a atitude correcta de apontar para a existência superior a três milhões de pessoas contagiadas.
Em Portugal o governo e as senhoras ministra e directora geral de Saúde procedem ao contrário. Esforçam-se para ocultar a gravidade da pandemia em Portugal. Todos os dias, frente às câmaras da RTP se contemplam nos resultados dos testes que, paulatinamente, se vão realizando e nunca se referem à realidade dos muitos milhares de contaminados que bastante expressivamente excedem os dados oficiais.
Entretanto, o governo impõe a proibição de circulação das pessoas entre os concelhos, no período contado entre 30 de Outubro e 03 de Novembro, do corrente ano. Mas insiste em manter abertas as fronteiras com a Espanha. Podem os espanhóis infectados darem-se ao luxo de vir a Portugal espalhar o vírus.
Claro que o governo português não se importa com as consequências advindas da sua subordinação à monarquia espanhola e esta - que está ocupada com a tragédia existente no país - não está predisposta a suscitar a questão portuguesa e a conceder ao governo de Lisboa - a pelo visto, imprescindível - permissão para o encerramento das fronteiras de Portugal.
Terá que em Portugal se registar o avantajado número de milhões de portugueses infectados, para as fronteiras serem encerradas? Com licença ou sem autorização dos governantes de Madrid.
Neste tempo, século XXI, não há notícia de no mundo civilizado - se exceptuarmos os Estados da antiga URSS, agora colocadas na órbita da Rússia - haver um país tutelado por um Estado vizinho, como acontece agora com Portugal, submisso perante a monarquia espanhola.
Impõe-se repudiar veementemente o subtil e obscuro processo em curso, de restauração da dinastia filipina em Portugal.
Uma cavilosa indecência que muito desonra a Nação portuguesa.
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