UM TEXTO SEM TABUS…

Brasilino Godinho

18 de Setembro de 2020

 

CHEFE DO GOVERNO:

"COVID-19 - OS PERÍODOS DE INCUBAÇÃO SÃO LONGOS”

 

Pois são! Como longos são os períodos que as pessoas andam infectadas sem o saber e enquanto não se submetem aos testes. Ou como acontece com quantos peregrinaram pela Quinta da Atalaia (que, desta vez, renegou a designação) e por Fátima. Também com semelhante desfecho para os milhares que participarem na peregrinação de 12/13 de Outubro. E depois admiram-se do mal que as atinge e que propagam aos outros de forma irresponsável.

 

Também disse o chefe do governo que prevê a contagem de mil novos casos diários de contagiados, a partir da próxima semana.

Só que existindo inúmeros contagiados ainda não observados nos serviços sanitários o governante está desgovernado de dados reais e ultrapassado pelo factor da realidade encoberta.

 

Mas face aos irresponsáveis descuidos e muito excessivo desprezo por elementares regras de segurança pessoal nas grandes concentrações que se vão sucedendo, era previsível que se chegasse à actual situação pandémica. 

 

Igualmente acresce a calamitosa grandeza da Covid-19 (todos os dias aumentando) em Espanha e que traz graves consequências para Portugal, decorrentes de estarem franqueadas as entradas de espanhóis contaminados por tudo que é espaço fronteiriço.

 

Ainda hoje o ministro dos estrangeiros negócios e das nefastas omissões e incríveis sujeições, afirmou que as fronteiras se vão manter abertas. Quis ele asseverar (subentender) que não foi conseguida autorização do governo monárquico de Espanha.

 

Lamentável que os governantes portugueses proporcionam margem a Filipe VI para ele

se julgar em posição de desfrute do reinado dos seus antecessores Filipes que arruinaram Portugal entre 1580 e 1640.

 

Curiosidade grande e lamentável: que em Portugal ninguém se deu conta do simbolismo da escolha (nada inocente) do cognome de Filipe VI carregar o sentido de continuidade do reino filipino sobre o nosso país.

Pelo visto o monarca espanhol tem tido o intento bem acolhido pelos altos dirigentes governamentais portugueses que se mostram acomodados à ideia e à condição de vassalos.

 

Um quadro de desvalorização pátria que tem de ser vigorosamente repudiado.

 

Urge ser restaurada a plena soberania de Portugal. A começar por Olivença. Vilmente mantida desde 1815, como portuguesa terra colonizada sob o jugo da Monarquia de Espanha.

 

.Nota marginal: No p.p. dia 15, do mês corrente, o escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte, publicou em Portugal a tradução da sua obra “Uma História de Espanha”, na qual escreve que Filipe II cometeu um erro histórico em não proclamar Lisboa como capital de Espanha.

A independência de Portugal é um apertado nó que está atravessado na garganta de muitos espanhóis… os sufoca e os desespera.

Agora está-lhes renascendo a esperança, face à tutela a que se submetem os governantes portugueses. 

Há que estarmos vigilantes!