Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, abril 17, 2020


- 6 - FALARES
BRASILIANOS

Por Brasilino Godinho
17/Abril/2020

01. A política rasca e caceteira em Portugal tem seculares tradições de ser deprimente máscara da POLÍTICA que, como se representa em sede do Conhecimento, é a arte/ciência de bem administrar a nação indígena. E para bom e ilustrado entendedor não é preciso pôr mais na carta.
Uma particularidade sempre exposta ao longo dos tempos é a de que a política portuguesa nunca se acomodou de forma exemplar ao exercício sério, responsável, competente, da sua específica condição e natureza funcional; tendo como vínculo determinante o de zelar inequivocamente pelo bem da comunidade e pleno desenvolvimento de Portugal.
Desde o século XIX, tempo da monarquia constitucional, passando pelas épocas da Primeira e Segunda República e pelo actual tempo da Terceira República, a prática desvirtuadora da POLÍTICA afinou pelo mesmo diapasão.
Um diapasão caracterizador e enraizado no campo sociopolítico que se observa e toma expressão anómala quotidianamente nas mais variadas circunstâncias e lugares: o qual, engloba como factor emblemático sobressaliente a maquiavélico prática do “bota abaixo”.
Na actualidade, isso acontece nos órgãos da Comunicação social, nas tertúlias, nas sessões partidárias, nas redes sociais e, sobretudo, com mais impacto na Assembleia da República. Nesse templo da Partidocracia não se ouvem palavras de elogio ou de apreço por qualquer acção ou iniciativa do adversário político. Para a oposição o governo nunca acerta uma para a caixa. No entanto, se mudam as posições de Poder, aquilo que ontem se condenou com acinte e malquerença, será amanhã aplicado e ruidosamente aplaudido.
É o descrédito absoluto da classe que encarna a política rasteira em uso e abuso em Portugal.

02. Delineada em traços largos a política à portuguesa usança, apraz-me registar um acontecimento simples, mas de alto significado cívico e político, que ocorreu há dias e teve como protagonista o Dr. Rui Rio.
Ele, dirigente máximo do PSD, enviou uma missiva aos filiados do seu partido dizendo-lhes que, face à tragédia que é a Covid-19, é obrigação patriótica dos portugueses e do partido apoiar as medidas do governo ou pelo menos não o hostilizar, dificultando-lhe a tarefa importantíssima de gerir a nação nas graves circunstâncias decorrentes da pandemia.
Uma atitude de Rui Rio tomada ao arrepio da tradição politiqueira aqui apontada e censurada.
Sublinho: atitude POLÍTICA, de estadista, reveladora de bom sentido de Estado, pedagógica, nobre, com dimensão ética.
Gostei! Aplaudo! 

A propósito: HAJA CONSCIÊNCIA DE QUE A POLÍTICA SEMPRE TEM DE SE CONTEMPLAR NUMA INEQUÍVOCA DIMENSÃO ÉTICA!