- 4 - FALARES
BRASILIANOS
Por Brasilino Godinho
13/Abril/2020
01. Aqui e agora cabe-me vez para inscrever alguns
meus falares oportunos num contexto de manifestações que dir-se-ia tidas por
gente acéfala. Mas, certamente, falha de elementar discernimento e mostrando
nulo apego cívico.
Num tempo de pandemia extremamente virulenta, em
que vigora um recolhimento caseiro imposto pelas autoridades sanitárias, é
absolutamente surrealista e inadmissível haver ajuntamentos de pessoas como os
que ocorreram nos cerimoniais pascais do Minho, nomeadamente no beija-cruz de
Barcelos. Pois que as pessoas se expõem ao contágio e, eventualmente, se tornam
potenciais transmissores do vírus. Todos cidadãos que não respeitam as normas
de procedimento social devem ser exemplarmente punidos.
02. Enquanto as pessoas continuarem a circular
desordenadamente pelas vias públicas e a reuniram-se em grupos festivos e sem
usarem máscaras de protecção, não será erradicada a Covid-19.
Atente-se que na China está ocorrendo uma segunda
vaga dos vírus corona, após terem sido suspensas algumas normas comportamentais
e apesar de não ter sido abandonado de todo, o uso das máscaras por quantos
indivíduos circulam nas ruas e praças.
03. Creio que em Portugal o surto da pandemia seria
muito reduzido se todas as pessoas usassem máscaras de protecção. Falta generalizar
essa medida de protecção individual que não há maneira de as cabecinhas
pensadoras das duas senhoras - que todos os dias vêm ao plateau televisivo falar sobre o movimento uniformemente retardado que
imprimem aos instrumentos e mecanismos envolvidos no árduo combate contra o
famigerado vírus - aceitarem como necessária. Claro que isso considerando no pressuposto
de que o objectivo seja evitarem-se mais mortes e devastações no tecido social.
Trata-se de uma birra que está tendo custos enormes e é propícia à continuidade
e progressão da mortandade que acontece em Portugal.
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